:‘Sacrifício de ficar em casa parece que está fazendo efeito’, diz secretário de Saúde do RJ

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‘Sacrifício de ficar em casa parece que está fazendo efeito’, diz secretário de Saúde do RJ

Edmar Santos adverte, no entanto, que permanecer com as medidas de isolamento é fundamental para que aumento de casos não dispare.   

Secretário Estadual de Saúde fala sobre casos do novo coronavírus no Rio de Janeiro

O secretário de Saúde do RJ, Edmar Santos, afirmou no Bom Dia Rio desta terça-feira (31) que as medidas restritivas contra o coronavírus começam a dar sinais positivos no estado.

“A nossa curva está em uma tendência ao achatamento. Esse sacrifício de ficar em casa parece que está fazendo efeito”, afirmou.

Santos, no entanto, frisou que “essa curva é para a gente comemorar ficando em casa”.

“Se relaxar agora, a curva pode disparar de novo”, advertiu.

O boletim desta segunda-feira (30) contava 18 óbitos por Covid-19 e 659 casos em todo o RJ. Nesta segunda, o governador Wilson Witzel renovou por mais 15 dias os efeitos do decreto com medidas restritivas e deu uma ordem para o povo ficar em casa.

"Esse meu sacrifício de ficar tolhido, de estar passando por alguma privação até mais séria -- e o governo vai buscar alternativas para isso -- está valendo a pena, está salvando vidas. Esse é o recado dessa curva pra gente”, emendou.

Curva de casos no RJ indica achatamento, diz secretário Edmar Santos — Foto: Reprodução/TV Globo

Testes e app

Santos explicou que ainda é muito cedo para ver se a epidemia no RJ chegou ao ápice, a partir do qual se tem mais curados do que infectados. Mas ele destacou que o achatamento de agora está salvando vidas.

"Já salvamos mil vidas que poderiam estar na projeção da morte com esse movimento da curva que conseguimos juntos", disse.

O secretário pontuou que mais testes estão sendo feitos -- um lote de 400 mil kits chega esta semana.

“Estamos testando mais do que testávamos no início. Por mais que possa ainda haver subnotificação, essa curva agora, os números são mais precisos do que no início, mostrando realmente a tendência. E essa mesma tendência para internações e para doentes que estão no respirador”, detalhou.

O governo vai aprofundar as estatísticas de Covid-19 com o auxílio de um aplicativo. "É uma estratégia de juntar os testes com o app, com georreferenciamento. Isso vai permitir tenha noção clara de onde o vírus está circulando ou não", explicou.

Edmar Santos calcula uma subnotificação de um caso positivo registrado para 50 não contabilizados no Brasil.

Efeito colateral positivo

O secretário chamou a atenção para um "outro efeito importante" do isolamento social.

"As pessoas estão sendo menos atropeladas, tem menos acidente de carro e gente caindo de bicicleta. As urgências e emergências estão menos sobrecarregadas com trauma", disse.

A redução das cirurgias eletivas -- as que não são de urgência e normalmente são marcadas -- também ajudou a desafogar as unidades. "A média de ocupação, que é de 75%, está em 68%", disse Santos.

Agressividade do vírus

Apesar do freio no número de casos, Santos alertou para características novas observadas no Brasil.

"A gente está vendo um vírus muito agressivo. Os pacientes, quando começam a chegar ao hospital com pouca falta de ar, rapidamente evoluem para gravidade, alguns morrendo no mesmo dia", afirmou.

O secretário disse ainda que o coronavírus está acometendo muitos jovens. "A segunda faixa que mais interna é de 30 a 39 anos de idade. Tivemos óbitos nessa faixa", pontuou.

Alerta contra a cloroquina

O secretário fez um alerta para a automedicação — sobretudo para a cloroquina, que tem mostrado alguns resultados.

“Se a população for tomar cloroquina por conta própria vai morrer. É um remédio que tem efeitos colaterais e tem que ser apoiado por um médico”, afirmou.

Pacientes internados que queiram se submeter a esse tratamento devem assinar um termo de ciência sobre possíveis riscos.

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Fonte: O GLobo
Por: Redação
Data: 31/03/2020 20h16min

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