:As ameaças de destruição da Terra

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As ameaças de destruição da Terra

A ameaça à destruição do Planeta não se restringe a um setor, um recurso, ou a uma área.

Inicialmente a inconsciência, hoje a insensatez dos homens – porque não há mais como afirmar o desconhecimento do que está ocorrendo e de suas conseqüências, leva a ameaça à destruição da Terra até os limites onde quer que tenha chegado sua presença, o que é paradoxal, sendo o homem, a consciência da Terra ou do Universo, como várias vezes foi afirmado.

Encíclica do Papa Francisco:
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html

 
Ou não é a consciência do Universo? Os que têm do homem uma visão minúscula, de pronto, dirão que não é. Os que têm medo de admitir, no homem, dimensão tamanha, tenderão também a dizer que não. Os outros, os que permanecerem na dívida criativa, continuarão a busca, e assumirão na fé seu suplemento, como ensina Santo Tomaz de Aquino.

Assim é que a ameaça de destruição atinge a superfície da terra, os solos, sua cobertura viva, as águas marítimas e continentais, o ar, a atmosfera, e, quem sabe, comece a penetrar o espaço, nesta sanha das ambições desmedidas e equivocadas dos homens, de levar a morte e a destruição em seu rastro, ao invés da construção e da vida, ou seja, o primarismo ao invés da civilização.

– A poluição toma conta da Terra, e continua aumentando perigosamente.

Os rejeitos industriais e domésticos, causados por processos industriais e agrícolas, sem suficientes ou adequados controles, autocontrole ou controles públicos, e pela superpopulação das megalópolis – cidades inchadas, estão destruindo os solos e as águas.

Apesar do Protocolo de Kioto, que firmava o compromisso de 178 países, de diminuir a poluição do Planeta, as emissões de carbono, responsáveis maiores pelas mudanças climáticas e pelo aquecimento global, cresceram 10 % após o protocolo. Nos Estados Unidos, responsáveis pela maior cota de emissão de carbono e que, no governo Bush, recusaram-se a assinar o referido Protocolo, a emissão de carbono cresceu em 18%.

O rompimento da camada de ozônio é um dos efeitos mais conhecidos da emissão de carbono. O buraco produzido continua crescendo, levando a questão da poluição à atmosfera.

Técnicos da ONU, entretanto, vêm denunciando, também, e sobretudo, desde a conferência de Joannesburgo – a Rio + 10, a nuvem de poluentes, constituída de partículas de carbono, sulfatos e cinzas orgânicas, que se estende, com uma espessura média de 3 km, sobre o sudeste da Ásia, do Japão ao Afeganistão, do norte da China à Indonésia – uma área equivalente a 3 vezes o território brasileiro. A nuvem retém algo como 15% da luz solar.

Segundo o relatório, as colheitas de alimento – o arroz como referência, diminuíram em torno de 10%; 500.000 mil pessoas morrem, anualmente, em decorrência de problemas respiratórios.

– A nuvem asiática não é a única – e ela pode se deslocar rapidamente, afetando outras áreas do globo. Fenômenos semelhantes têm ocorrido em outras partes do mundo. Têm também se manifestado sobre as grandes cidades, como São Paulo, no Brasil, a cidade do México, no México, e outras, causando a chamada “inversão térmica” e outros males.

– O buraco na camada de ozônio, responsável pelo degelo da calota polar meridional – também em ritmo crescente, aliando-se às nuvens de poluição, tem produzido mudanças climáticas que, aumentando a desertificação de solos, vem produzindo o aquecimento geral da Terra, ampliando os períodos de seca e determinando o descontrole dos regimes de chuva. As enchentes que têm devastado regiões da China, da Índia e de Bangladesh, especialmente, podem constituir outra grave conseqüência.

– A estimativa é de que 30% das águas continentais desapareceram nos últimos 70 anos, e é de considerar que as que restaram estão ameaçadas de poluição em escala crescente – nas cidades, pelos rejeitos industriais e domésticos, como se viu. Nas áreas rurais, pelo uso dos agrotóxicos.

– Os rios despejam as águas poluídas no mar, fato que se soma à poluição produzida pelas populações litorâneas, pela navegação e pela movimentação portuária. Esses efeitos somados aos efeitos atmosféricos, começam a destruir a vida marítima. Estima-se que 30% dos bancos de corais – os santuários, ou berços da vida marítima, estão em extinção.
– O Planeta Terra, outrora coberto de imensas florestas, está transformando-se em um imenso descalvado, e apenas algumas manchas de floresta resistem, sendo a Amazônia, no Brasil, a mais expressiva delas.

No entanto, o que resta – a Amazônia inclusive – vem sendo ameaçado de extinção. Só na última década do século passado – os anos 90, foram destruídos cerca de 90 milhões de ha de florestas em todo o mundo – equivalente a algo como 1/3 da Floresta Amazônica. Boa parcela dessa destruição tem ocorrido também na Amazônia, sem que haja, de parte do governo, ou da sociedade global, que clama pela preservação da Amazônia, um programa consistente de pesquisa, ocupação e uso sustentável dessa imensa área.

– Com as florestas, com as águas, com os mares, com a atmosfera em deterioração crescente, repetem-se em relação ao Planeta os desequilíbrios que inviabilizam a continuidade do processo humano, se não for modificado o modelo, levando à ruptura do processo. O preço a ser pago, neste caso, será inimaginável.

No entanto, de todo o exposto, que nada tem de catastrofismo, mas que representa a realidade que nos cerca, ou o processo no qual estamos embarcados, o mais grave é que tudo ocorreu em menos de um século. Por isto têm razão os estudos de órgãos responsáveis, como a WWF – Fundo Mundial para a Natureza, entre outros, ao alertar para as condições de limitação da capacidade do Planeta de suportar, por mais gerações, a ocupação da Terra, da forma como está ocorrendo.

Estaríamos condenados à rápida extinção, se não modificarem os paradigmas, como propôs a UNESCO, ao término da Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio 92:

“Cada geração deve deixar os recursos da água, do solo e do ar tão puros e despoluídos como quando apareceram na Terra. Cada geração deve a seus descendentes, a mesma quantidade de espécies de animais que encontrou”; ou o alerta de Gandhi, dirigido a seu país – a Índia, mas que merece ser meditado como o alerta global:

“Que Deus jamais permita que a Índia adote a industrialização à maneira do Ocidente. A Inglaterra precisou da metade dos recursos do Planeta, para alcançar sua prosperidade ( “o Império onde o sol não se põe!!!!”). De quantos planetas um país grande como a Índia iria precisar?”

De quantos Planetas precisaria o mundo para destruir, se continuar mantendo o modelo de competição, concentração e exclusão, ao qual agora teima em acrescentar a deterioração global, se o modelo não for modificado?

Mas o Planeta é um só, e, mesmo que se imagine conquistar outros planetas, não há como fazê-lo, deixando atrás de si – repito, o rastro de morte e da destruição, ao invés da construção e da vida.

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Fonte: Participação e Solidariedade
Por: Redação
Data: 24/06/2020 16h53min

Hospital do Câncer de Londrina


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