:Pesquisa Ipec esfria promessa da campanha de Bolsonaro de virada sobre Lula

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Pesquisa Ipec esfria promessa da campanha de Bolsonaro de virada sobre Lula

Pesquisa Ipec esfria promessa da campanha de Bolsonaro de virada sobre Lula

Imagem: Ricardo Stuckert/Instituto Lula, José Dias/PR e José Cruz/Agência Brasil

A campanha de Jair Bolsonaro planejava, no mês passado, ultrapassar Lula em meados de agosto. A pesquisa Ipec, divulgada nesta segunda (15), mostrando que o petista está 12 pontos à frente, com 44% a 32%, é um banho de água fria nas pretensões do atual presidente. Agora, aliados jogam a estimativa para o começo de setembro, em uma releitura de "fiado só amanhã". A margem de erro é de dois pontos

Claro que mudanças no comportamento de uma parcela dos mais pobres já vêm sendo identificadas por pesquisas. Apesar de alguns petistas mais empolgados que decretaram a nulidade eleitoral do pacote de compra de votos de Bolsonaro (R$ 600 temporário, vale-gás inflado e vouchers para motoristas), o presidente receberá sim sua encomenda. Ou pelo menos uma parte dela, como veremos mais abaixo.

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A questão é que aliados, como dois parlamentares da base do governo ouvidos pela coluna, esperavam que o Ipec mostrasse o presidente em uma situação mais confortável, não só na pesquisa nacional, mas, principalmente, no populoso Sudeste. O levantamento foi feito entre os dias 9 (início do pagamento do Auxílio Brasil reajustado) e 15.

Em Minas, Lula 39%, Bolsonaro, 26%

Em Minas Gerais, a vantagem de Lula sobre Bolsonaro está em 13 pontos, segundo o Ipec: 39% a 26%. A margem de erro é de três pontos.

Desde a redemocratização, o estado tem servido como uma espécie de termômetro para a eleição presidencial, pois a diversidade de seus 853 municípios e de suas regiões o torna uma amostra social e econômica do Brasil e, consequentemente, um retrato de seu comportamento eleitoral. Quem vence por lá acaba levando a Presidência.

Apesar de as duas pesquisas não serem comparáveis, na última sexta (12), pesquisa Genial/Quaest apontou vantagem para o petista de nove pontos no estado, marcando 42% a 33%, com margem de dois.

Em São Paulo, Lula 38%, Bolsonaro, 28%

Minas é o segundo maior colégio eleitoral do país, perdendo apenas para São Paulo - onde Lula tem 38% e Bolsonaro, 28%, com margem também de três pontos, segundo o Ipec. Para vencer a eleição, o PT pode até perder entre os paulistas, se ganhar junto aos mineiros, como já aconteceu antes.

Para efeito de comparação, a Genial/Quaest apontou, na última quinta (11), o petista com 37% e o candidato do PL com 35% e margem de dois pontos.

Mesmo com a larga operação de compra de votos com a ajuda do Congresso Nacional, pesquisas apontam um quadro de avanço muito lento de Bolsonaro. Ressalta-se que a melhora em sua intenção de voto é limitada pela percepção de que os R$ 600 do Auxílio Brasil não compram, nem de longe, o mesmo que os R$ 600 do auxílio emergencial no primeiro semestre de 2020. O país vive deflação, mas os pobres veem o preço dos alimentos não parar de subir.

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Para compensar isso, o grau de sujeira de sua campanha nas redes deve aumentar consideravelmente. Mentiras, como a de que Lula fechará templos evangélicos caso seja eleito, devem ser vistas com mais frequência para tentar roer a corda pelo outro lado.

De acordo com o Ipec, 46% dizem que não votariam em Bolsonaro nem que a vaca tussa, enquanto 33% afirmam o mesmo de Lula. Para vencer, o atual presidente precisa reduzir os seus índices e aumentar o de seu adversário. Conhecendo a criatividade do Gabinete do Ódio, o céu é o limite.

Esta pesquisa é a primeira do Ipec com os candidatos que vão disputar de fato a Presidência - a anterior, de dezembro, ainda tinha nomes como João Doria e Sergio Moro e não pode ser comparada com essa. Serve, portanto, de base para avaliar a evolução dos candidatos.

Ciro marca 6% no Brasil, e 3% em SP, MG e RJ

O levantamento foi muito ruim, contudo, para o ex-governador Ciro Gomes (PDT), que apontou apenas 6% na nacional (com margem de erro de dois pontos) e 3% em São Paulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro (e margem de três pontos).

A campanha de Lula torce para a desidratação do ex-governador a fim de aumentar as chances de vitória no primeiro turno. Ciro finca o pé e diz que não vai desistir, mas se a migração de votos úteis, esperada para a última semana, acontecer muito cedo, pode ser seguida de uma debandada de aliados de sua candidatura.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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Fonte: UOL
Por: Redação
Data: 16/08/2022 10h01min

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