:Citação a donos da Havan e Smart Fit no inquérito das fake news provoca onda de retaliação

Citação a donos da Havan e Smart Fit no inquérito das fake news provoca onda de retaliação - TV Na Rua CornelioDigital Citação a donos da Havan e Smart Fit no inquérito das fake news provoca onda de retaliação - TVNaRua Cornelio Digital - Notícias, Eventos e Entretenimento
Citação a donos da Havan e Smart Fit no inquérito das fake news provoca onda de retaliação

400 CANCELAMENTOS EM ACADEMIAS:

Citação a donos da Havan e Smart Fit no inquérito das fake news provoca onda de retaliação

O suposto envolvimento dos empresários Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamento Havan, e Edgard Corona, fundador das academias Smart Fit e Bio Ritmo, em um provável esquema de financiamento de fake news e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) provocou uma onda de cancelamentos de matrícula e críticas às duas marcas. Após a deflagração da operação da Polícia Federal, no último dia 27, foram, pelo menos, 400 pedidos de revogação de inscrição no Grupo Smart Fit só em São Paulo. 

O número foi revelado pelo Procon-SP e diz respeito aos usuários que tentaram, por vontade própria, realizar o cancelamento nos três primeiros dias de junho, mas não conseguiram e, por isso, notificaram o Procon. Embora não seja possível afirmar que todos os pedidos ocorreram por conta das revelações do inquérito que corre no STF, nas redes sociais sobram registros de usuários que saíram da academia por motivos políticos.

"Boicote a Smart Fit. Hoje estou cancelando o meu plano também, e diversos amigos vão cancelar também", disse um internauta no dia 28 de maio, dia seguinte a operação. 

Um outro usuário do Twitter postou que "Nunca pensei que teria minha consciência tranquila por jamais ter me matriculado numa Smart Fit". A declaração é do dia 29 de maio. Já no dia dois de junho, uma internauta escreveu que “Não da para levantar a bandeira antifa [antifascista] e continuar malhando na Smart Fit”, em referência aos protestos do último domingo em favor da democracia e contra o governo de Jair Bolsonaro.  

Nunca pensei que teria minha consciência tranquila por jamais ter me matriculado numa smart fit.

— Elika Takimoto (@elikatakimoto) May 29, 2020

No dia seguinte, uma publicação diz: "Quem é o bonde que cancelou a Samart Fit hoje? Motivo do cancelamento: político". 

Consta no inquérito o print de uma mensagem de Edgard Corona  no grupo “Brasil 200 Empresarial”, na qual o empresário escreveu que "Temos de impulsionar estes vídeos. Precisamos de dinheiro para investir em mkt", depois de compartilhar pelo menos quatro mensagens contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). Edgard tem destaque entre os apoiadores de Bolsonaro e na defesa de teses conservadoras. 

Há, também, reações ao envolvimento de Luciano Hang, inclusive com postagens que falavam em queimar a marca registrada da rede de lojas da Havan, a réplica da estátua da Liberdade. 

“SmartFit, Centauro, Havan, Riachuelo... Você está financiando o bolsonarismo sem saber? Na dúvida, escolham seus concorrentes. Vamos fazer doer onde eles mais sentem: no bolso!”, em referência a outras marcas cujo os donos também apoiam o presidente, mas não tem citação no inquérito das Fake News.  

 “O velho da Havan e o dono da Smartfit, os dois a 80km por hora. Quem tá mais metido nos esquemas das fake news?”, disse um internauta no dia 31 de maio, três dias após a deflagração da operação.  

o velho da Havan e o dono da Smartfit, os dois a 80km por hora

quem tá mais metido nos esquemas das fake news?

— Kadu Pacheco (@kadupacheco_) June 1, 2020

Luciano Hang foi o primeiro a anunciar publicamente o apoio à candidatura de Bolsonaro. O empresário foi acusado pelo Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC) de constranger seus mais de 10 mil funcionários a votar em Bolsonaro, durante a campanha eleitoral de 2018. 

O ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito que apura a rede de fake news e ataques a Corte, afirmou na decisão que autorizou a operação do último dia 27 que Edgard Corona e Luciano Hang são supostos financiadores de inúmeras publicações e vídeos com conteúdo ofensivo ao STF, bem como mensagens que defendem a "subversão da ordem" e incentivam a "quebra da normalidade institucional e democrática".

Ainda de acordo com o ministro, há indícios de que essas mensagens sejam disseminadas por robôs para que atinjam um número expressivo de leitores. É essa a estrutura financiada pelo grupo de empresários, incluindo Corona e Hang, que são investigados no inquérito. Alguns fazem parte de um grupo de WhatsApp chamado "Brasil 200 Empresarial", onde organizariam o impulsionamento das publicações.

Visualizações 635
Fonte: O GLobo
Por: Redação
Data: 16/07/2021 11h46min

Hospital do Câncer de Londrina


CONTATO
[email protected]
[email protected]
(43)99920-1893



TV Na Rua / CornelioDigtal / BandDigital- 2006 - 2023