:Na Cohab Famílias ocupam terreno no Jardim Novo Horizonte II

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Na Cohab Famílias ocupam terreno no Jardim Novo Horizonte II

A área onde está prometido o Residencial Jequitibá, no Jardim Novo Horizonte II, zona norte de Londrina, está ocupada por moradores desde o último sábado (9). O terreno é de propriedade da Cohab-Ld (Companhia Municipal de Habitação de Londrina) e o projeto prevê a construção de 330 casas no local.

A reportagem esteve lá para saber o motivo da ocupação. E no bate-papo com os moradores, a alegação foi a mesma: problemas financeiros. "Trabalhava como operadora de telemarketing e tive que sair por problemas médicos. Meu marido foi despedido recentemente e não temos mais dinheiro", disse Rafaela Silva Santos, que morava no Jardim São Jorge, bairro próximo à ocupação. "Hoje, nós só recebemos R$ 180 do Bolsa Família e o aluguel da casa é de R$ 350. Aí a gente aproveitou essa oportunidade e estamos levantando o nosso barraco", completou Rafaela, que informou que a sua família foi a terceira família a ocupar o local.

Para Rafaela, todas as pessoas que estão ocupando a área estão lá porque não têm mais condições de pagar aluguel. "Tenho inscrição na Cohab há 12 anos. Já fui contemplada duas vezes, mas precisava dar entrada que passava de R$ 6 mil. Não queremos nada de graça, apenas um cantinho para morar e pagar um preço justo", explica. Para justificar a ocupação, ela comentou que os populares estão até acabando com os focos de dengue. "Há quantos anos isso aqui está parado, cheio de mosquito da dengue? Em três dias limpamos tudo. Eles deveriam valorizar isso".

Diferente de Rafaela, Rivaldo da Silva Lima até tem um emprego. Ele trabalha como servente de pedreiro em uma empresa de construção civil e ganha R$ 1.117. Com os descontos, o salário cai para R$ 800 e metade disso ia para o aluguel de uma casa no Conjunto Jamile Dequech, na zona sul. "Minha esposa saiu do emprego para cuidar da nossa filha. O aluguel foi acumulando e fiquei sem ter como pagar. Saí de lá devendo R$ 2 mil para o dono da casa. Tive o crédito reprovado por duas vezes por não garantir o mínimo de renda pedido pela construtora, que era de R$ 1.500", contou.

Assim como a ex-moradora do São Jorge, Rivaldo também não se importaria de pagar um valor de aluguel, mas que não pesasse no seu bolso. "Se legalizassem e cobrassem ‘cinquentão’, ‘cenhão’ para ficar aqui, pode ter certeza que todo mundo iria pagar. A Cohab não termina obra em nenhum lugar e nem tem dinheiro pra construir em obra nenhuma. Ninguém quer confusão com eles, só o direito de morar em algum lugar e pagar um valor justo", finalizou o servente de pedreiro, que está com a esposa e dois filhos.

Em uma contagem dos próprios ocupantes aponta que entre 150 a 200 famílias estariam ocupando a área. O gabinete da presidência da Cohab-Ld informou que o presidente Luiz Cândido de Oliveira está cumprindo agenda em outra cidade. A reportagem tentou contato com Oliveira, mas não conseguiu até o fechamento desta edição. Outros setores da Companhia informaram que não estavam autorizados a fornecer detalhes sobre a situação.

Edson Neves -Rivaldo Lima: "Ninguém quer confusão com a Cohab, só o direito de morar em algum lugar e pagar um valor justo"

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Fonte: Bonde
Por: Redação
Data: 18/06/2018 12h02min

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