:Presidente projeta o Londrina sem a parceria com Sergio Malucelli: "Tocar com as próprias pernas"

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Presidente projeta o Londrina sem a parceria com Sergio Malucelli: "Tocar com as próprias pernas"

O presidente do Londrina, Claudio Canuto, começa a pensar no futuro do clube sem a atual parceria com o gestor Sergio Malucelli. O empresário revelou que não deve renovar o vínculo da SM Sports com o Tubarão após o fim do contrato, em 2020.

Em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com, Canuto disse que o Londrina já vem se preparando para a possibilidade de tocar o futebol por conta própria, sem depender exclusivamente de um gestor.

– Se não continuar, o Londrina tem que tocar com as próprias pernas. Temos que pensar no pós-2020. O Londrina tem que trabalhar com a hipótese de estar pronto para não depender de ninguém – disse Canuto.

Claudio Canuto se apoia nos números para mostrar que o Londrina teria a possibilidade de tocar o futebol sozinho. Segundo o presidente, o clube recebe mais de R$ 7 milhões por ano, considerando patrocínios, direitos de transmissão do Paranaense e da Série B do Brasileiro e premiação por participação na Copa do Brasil.

Hoje, esse valor fica com a gestora SM Sports, que repassa mensalmente 10% da receita liquída para o Londrina, termo definido em contrato. Com a dificuldade em manter o repasse (que era de 20% até 2016), Sergio Malucelli pediu para os conselheiros, em reunião na segunda-feira, a possibilidade de deixar de fazer essa transferência nos últimos dois anos de contrato.

– Montamos uma comissão, discutimos o assunto sobre o futuro, sobre o que pode ser feito. A hora que chegarmos no final de 2019, aí teremos que rever os valores. Na Série B, o Londrina tem um faturamento de R$ 7 milhões. É uma questão de administração – comentou Canuto.

Sergio Malucelli não tem o interesse em renovar o contrato com o Londrina — Foto: Gustavo Oliveira/Londrina Esporte Clube

Na reunião com os conselheiros, Sergio Malucelli confirmou que, neste momento, não pretende renovar o contrato de gestão com o Londrina, mas garantiu que vai continuar até o fim de 2020.

Segundo Canuto, o gestor ainda abriu a possibilidade de continuar no caso de um acesso à Série A do Brasileiro, já que a questão financeira pode melhorar, principalmente por causa do aumentos dos valores de direitos de transmissão.

– A situação vai ficando cada vez mais complicada financeiramente. As empresas não estão investindo, e isso tem tirado o ânimo dele em renovar. Mas, ele deixou em aberto. Disse que não tem condições de continuar caso o time esteja na Série B, mas que pode reavaliar se chegar à Série A – contou o presidente do Londrina.

 

Novo parceiro não é descartado

Canuto deixou claro que um novo contrato de gestão não é descartado após 2020. Ele revelou que o Londrina já conta com uma pessoa autorizada para buscar negócios internacionais, algo que neste caso não substituiria a atual gestão da SM Sports, mas que abriria a chance de um novo parceiro para o modelo atual.

- Não significa que isso deixa o Sergio fora. Que seja um parceiro a mais para fazer uma composição de valores, de ideia, de conhecimento de mercado O Sergio tem o CT, uma boa estrutura, o Londrina tem a vaga na Série B, fatores que podem atrair um investidor - explicou Claudio Canuto.

Regularizar dívidas

Para conseguir caminhar com as próprias pernas, o presidente do Tubarão lembra que é preciso regularizar todas as dívidas. A gestão da SM Sports no Londrina começou em 2011, quando o clube estava sob intervenção da Justiça do Trabalho por causa de dívidas trabalhistas e perto até mesmo de encerrar as atividades.

Além dos resultados no futebol nos oito anos de gestão, a parceria permitiu ao Londrina regularizar boa parte das dívidas que tinha: as trabalhistas chegavam a aproximadamente R$ 8 milhões e está praticamente concluída. A parte de dívida federal era em torno de R$ 10 milhões e foi parcelada pelo Programa de Recuperação Fiscal (Refis).

Neste momento, de acordo com Canuto, são pagos em torno de R$ 20 mil mensais sobre dívidas do FGTS – valor que está sendo reavaliado judicialmente para ser reduzido. Para o pagamento desse valor e de outros custos administrativos, a diretoria utiliza os R$ 75 mil que recebe pela Timemania, além de outros recursos.

O clube ainda responde na Justiça a uma ação trabalhista (que cobra em torno de R$ 120 mil) e a uma ação cível (que cobra em torno de R$ 4 milhões). O Londrina aguarda a decisão judicial para, caso confirmada a necessidade de pagamento, ver a possibilidade de parcelamento.

– Tenho tentado preservar as contas do Londrina para resolver essas situações, e começar em 2020 com uma vida limpa, com conta própria, sem risco de penhora de valor. Tudo que a SM fez permitiu termos uma receita, sem dívida e com a situação organizada. O Londrina colaborou para isso. É um legado que a parceria bem feita deixa para o futuro – avaliou.

Novo CT fica para depois

Quando assumiu o atual mandato, no fim de 2016, Claudio Canuto falava em continuar um projeto de construção de uma nova sede para o Londrina, junto com um novo centro de treinamentos.

O presidente descartou a ideia inicial de utilizar uma área que fica no distrito de São Luiz e pertence à prefeitura de Londrina - os dirigentes tentavam a doação ou a troca por outro terreno. O clube estudava fazer o CT em outro local, mas resolveu deixar essa possibilidade para outro momento. Agora, o foco está em planejar a situação após o fim do contrato com a SM.

- Vamos esperar para ver a parte de contas. Depois vamos definir a melhor forma para essa construção do Centro de Treinamentos - disse.

Parceria rendeu resultados em campo

Além da melhora administrativa, a gestão da SM Sports mudou o patamar do Londrina, que quase foi rebaixado para a Terceira Divisão do Paranaense em 2010. Com a parceria, o time voltou à elite estadual e foi campeão em 2014, título que o Alviceleste não conseguia desde 1992.

Além disso, o Tubarão voltou também ao cenário nacional e conquistou um lugar na Série D e, em seguida, os acessos à Série C, em 2014, e à Série B, em 2015 - ficou perto de subir à Série A nas últimas três temporadas. Em 2017, ele foi campeão invicto da Primeira Liga, passando por equipes de grande porte como Fluminense, Cruzeiro e Atlético-MG.

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Fonte: Globo Esporte
Por: Redação
Data: 05/12/2018 13h54min

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