:Colombiana relembra Rally Dakar: "Nunca vi tantos homens chorando "

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Colombiana relembra Rally Dakar:  "Nunca vi tantos homens chorando "

Marta Mariño, de 50 anos, correu na edição de 2013 e revela que, se soubesse das dificuldades, não teria participado da competição



O Rally Dakar é uma prova que exige dedicação, controle emocional e muita habilidade dos pilotos. Não são todos que conseguem terminar a prova, mas uma mulher resolveu encarar o desafio. Aos 50 anos, a colombiana Marta Mariño se tornou a primeira piloto da história do Rally Dakar a correr a prova a bordo um UTV, tipo de quadriciclo adaptado. Segundo Marta, a aceitação dos outros pilotos foi boa e as inúmeras dificuldades fizeram muitos competidores derramar lágrimas (assista ao vídeo).

- Acho que nenhum deles achava que eu fosse chegar até o fim. Porém, a cada dia que passava, eles viam que eu sempre terminava a etapa. Sempre me apoiavam e me animavam, dizendo: "Vá em frente, você vai conseguir terminar". O Dakar é muito difícil, não imaginava que seria tão difícil. Se soubesse, talvez não tivesse participado. É muito perigoso, você leva o carro e você mesmo ao limite. É muito complicado emocionalmente. Nunca vi tantos homens chorando como no Dakar - disse Marta.


Treino em dunas de 20 metros ajudou a encarar morros de 1.000 metros no Dakar (Foto: Reprodução SporTV)

O Rally Dakar é a maior e mais dura prova de automobilismo que originalmente acontece entre a Europa e a África. A maior parte das edições terminou nas praias da capital do Senegal, Dakar, após a passagem pelo deserto do Saara, mas o percurso muda a cada ano. Desde que chegou à América do Sul, em 2009, as edições seguintes aconteceram no continente. Em 2013, a prova percorreu Peru, Argentina e Chile, cruzando terras áridas e altas do Deserto do Atacama e também a Cordilheira dos Andes, alcançando a maior altitude de sua história, quando chegou próximo dos 5.000 metros. As categorias se dividem em automóveis, motos e caminhões e, apesar de pilotar há 20 anos, Marta mudou de categoria e preparou por três anos antes de encarar o desafio.

- Antes, corria de moto, mas é um esporte para jovens. É necessário uma boa condição física e já não tinha uma condição tão boa. Então, decidi mudar para o quadriciclo. Exigem muito físico, dedicação. Fiz ali de quadriciclo na Colômbia mas, em 2009 quando o Dakar veio para a América do Sul, meu objetivo era poder participar. Com minha forma física e minha capacidade, para terminar um ali de 15 dias e mais de nove mil quilômetros, o veículo adequado era um UTV.

Antes da prova, Marta que é médica anestesista e mora no Brasil, usou as dunas de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, como treinamento. Com apenas 20 metros de altura, as dunas do Peró não se comparam aos morros de mais de 1.000 metros que a colombiana enfrentou no Dakar 2013, mas ajudaram a piloto se preparar para os acidentes e problemas mecânicos pelo caminho. Sim, Marta sabe corrigir qualquer problema no carro.

- São dunas pequenas, mas servem para treinar porque no meu país não há dunas. Nesse tipo de esporte, sempre há acidentes. Já passei por uma cirurgia, tive uma fratura e precisei ser operada. Capotei quatro ou cinco vezes e fraturei a tíbia, o perônio. A única coisa que não posso fazer é trocar o motor.


Além de pilotar, Marta também sabe consertar qualquer problema em seu quadriciclo (Foto: Arte/SPORTV.COM)

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Fonte: Sportv
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 17/04/2013 13h18min

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