:Visitante da ExpoLondrina pode conhecer como transformar dejetos de animais em biogás

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Visitante da ExpoLondrina pode conhecer como transformar dejetos de animais em biogás

O Encontro Regional de Apicultura e Meliponicultura reuniu profissionais da cadeia produtiva do mel no Recinto José Garcia Molina na ExpoLondrina. Em foco, o fomento aos negócios da área, observando as questões ambientais que envolvem essa produção, debate sobre os conflitos que existem entre a produção e a agricultura, mostrar que o mel pode ser uma fonte de renda para o pequeno prhttps://html-css-js.com/js/compressor/odutor e demonstrar que é possível conciliar a produção com a produção agrícola em geral.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná é o segundo maior produtor de mel do Brasil, ficando atrás somente do Rio Grande do Sul. Os dados apontam que 14,2% da produção total do de mel do país é paranaense.

“Temos em torno de 9 mil toneladas de mel produzidos no Paraná, mostrando que o Paraná está à frente dessa cadeia e que pode ser ampliada e servir de alternativa na pequena propriedade”, explica o gerente regional de extensão rural de Londrina do IDR-Paraná, Renan Barzan.

O incentivo dá-se a apicultura e a meliponicultura, no entanto, a segunda opção tem chamado mais atenção porque tem uma diversidade maior de espécies. “A meliponicultura são as abelhas sem ferrão, abelhas indígenas, nativas, já a apicultura é baseada em uma espécie, a apis melífera. Em termos de composição dos produtos, temos uma diversidade muito maior dentro das meliponas do que na apicultura”, falou Barzan.

O extensionista do IDR-Paraná, Marlon Tiago Hladczuk, auxilia os produtores no dia a dia e diz que, das atividades agropecuárias, a apicultura e a meliponicultura são as mais baratas e com um retorno rápido. “Conforme a safra, em menos de um ano já foi pago todo o investimento. A meliponicultura é ainda mais barata que a apicultura e com os produtos muito mais valorizados”, explica.

O Paraná tem mais de trinta espécies de abelhas nativas. De acordo com Hladczuk, os produtos derivados dessas abelhas são considerados medicinais. “Hoje, das espécies mais fáceis de trabalhar estão a jatai e a mandaçaia. A mandaçaia tem a produção mais elevada e está começando a ser difundida no estado todo”.

Conforme a raridade da espécie, mais valorizado fica o produto. “Tem abelha que chega a 350 reais o quilo do mel”, destaca o extensionista do IDR-Paraná.

O Brasil tem a metade das abelhas sociais do planeta. “As abelhas que tem aqui não existem em outro lugar do mundo, não desenvolvem, porque tem a limitação de clima e a necessidade de plantas específicas para sobreviverem, por isso, temos que pensar no potencial enorme em ter um produto único, e assim, agregar valor quando pensarmos em exportar o produto”, enfatiza Hladczuk.

Integração da produção agrícola com a criação de abelhas

Dentro da programação do evento, o destaque foi a palestra do pesquisador da Embrapa Soja, Dr. Décio Luiz Gazzoni que abordou o tema “A Agricultura sustentável: Integrando a produção de soja e abelhas”. Um rico conhecimento sobre a integração entre apicultura e agricultura, em especial a sojicultora. “A sojicultora é o maior cultivo que temos no Brasil, temos observado que nos últimos anos, com a expansão da área de soja, ela chegou perto dos apiários fixos”, explica o pesquisador Dr. Décio Luiz Gazzoni.

Esse movimento trouxe pontos positivos e negativos. Por um lado, os apicultores descobriram que a soja é uma excelente fonte de néctar e os agricultores observaram que quando tem abelhas perto das lavouras há o aumento da sua produtividade. “Qual a questão ruim? O pessoal não atentou para alguns detalhes do sistema de produção, principalmente o uso de inseticida, que pode afetar as abelhas, então é preciso ter regras que promovam essa integração de forma harmônica”.

O pesquisador da Embrapa Soja, Dr. Décio Luiz Gazzoni citou algumas regras para esse processo acontecer de forma assertiva. “Os programas de manejo de pragas devem ser seguidos, são eles que dizem se há a necessidade de controlar alguma praga, se precisar de inseticida, qual dose e em que momento aplicar. Evitar a aplicação durante o período de floração, que é quando as abelhas visitam as culturas, é importante. Se for necessário a aplicação, fazer no final da tarde ou à noite, porque as abelhas visitam as culturas pela manhã”, esclarece o pesquisador.

Dentro desse mercado promissor está o apicultor londrinense Miguel Celestino. O produtor está na atividade, profissionalmente, há 15 anos e atualmente tem 10 locais diferentes de criação. “Trabalho com vários fazendeiros, temos uma parceria que chamamos de abelha e soja. Os fazendeiros me procuram e pedem para eu colocar as abelhas nos locais porque eles sabem que tem aumento na produção”. É uma troca, segundo Celestino, a produção do mel cresceu depois dessa parceria.

O produtor diz ainda cada colmeia produz de 30 a 35 quilos de mel, e atualmente tem 150 colmeias. “A abelha é igual lavoura, tem a época de colheita, a gente colhe mel de setembro até abril, uma média de duas a três colheitas por ano”, explica Celestino e acrescenta que o manejo faz toda a diferença no processo.

O mel do produtor ganhou prêmio Orgulho da Terra. “Foi considerado o melhor mel do Paraná e manejo de agroindústria”, conta.

O Encontro é uma realização do IDR-Paraná, em parceria com a Organização Não Governamental de Desenvolvimento e Ambiente (Onda) e conta com o apoio da Secretaria Estadual de Agricultura (Seab), Sebrae, Embrapa e Sociedade Rural do Paraná.

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Fonte: Daniela Calsavara
Por: Redação
Data: 12/04/2024 21h58min

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