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Bailarinos de Ibiporã terão auxílio

Benefício ajudará alunos aprovados na Escola de Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville (SC), com os custos de moradia

Eduardo Avila estuda em Joinville há três anos e em 2019 estará graduado em balé clássico de repertório
Ibiporã - Os alunos e familiares da Escola de Ballet de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina) começam 2018 com uma boa notícia. Aprovado em dezembro, o projeto de lei 047/2017 institui o Programa bolsa-auxílio para bailarinos aprovados na Escola de Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville (SC).
O benefício no valor de R$ 1,1 mil será concedido mensalmente, durante o tempo que o aluno permanecer na escola. "Passar no teste é uma etapa muito difícil e concorrida. Já tivemos alunos aprovados, mas que desistiram durante o curso pela dificuldade financeira. Isso frusta o aluno, familiares e o nosso trabalho também", diz o secretário de Cultura e Turismo de Ibiporã, Agnaldo Adélio. 

Ele destaca que o projeto de lei surgiu da necessidade de contemplar e apoiar esses alunos. "O dinheiro da bolsa auxílio vem da previsão anual orçamentária da pasta. Por enquanto, apenas um aluno será beneficiado com a bolsa", completa. Entre os critérios estabelecidos, os alunos devem estar no 3º Nível na Escola de Ballet de Ibiporã, residir na cidade há pelo menos três anos e estarem matriculados na rede escolar do município. 

A notícia foi um alento para Eduardo Avila, 17, o único ibiporaense a frequentar atualmente a escola do Bolshoi no Brasil. Ele diz que agora tem ainda mais perspectivas para o futuro. O jovem estuda em Joinville há três anos e em 2019 já estará graduado em balé clássico de repertório. 

Avila mora em uma casa social e acompanha o esforço da mãe Genoveva Paulino Ferreira para arcar com as despesas. Por mês, ela repassa à família cerca de R$ 1,2 mil para os custos de moradia, fora os gastos pessoais do filho. "Meu salário é apertado e passamos por momentos muito difíceis, mas desistir não estava nos nossos planos", salienta. 

Divorciada, Ferreira também é responsável pelas contas de casa em Ibiporã, onde mora com a filha. "Trabalho como técnica de segurança do trabalho e houve um momento que tive que pedir ajuda de terceiros para que o meu filho continuasse a frequentar as aulas", destaca. 

Agora com a bolsa-auxílio a partir do mês de janeiro, Ferreira se diz aliviada e com novos planos. "Vou poder utilizar um pouco do dinheiro que era investido na moradia dele para pagar um curso de inglês. Como ele quer dançar em companhias de outros países, ele precisa saber pelo menos um segundo idioma", afirma. 

Os custos com alimentação, materiais e uniformes são arcados pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, que também garante uma vaga na escola regular. A instituição foi fundada em 2000, em Joinville (SC) e é a única extensão do Teatro Bolshoi fora da Rússia. 

TESTE PARA ESCOLA SERÁ EM FEVEREIRO 

Em 2019, Eduardo Avila, 17, terá cumprido uma etapa sonhada por muitos bailarinos e estará pronto para buscar uma vaga profissionalmente em consagradas companhias de dança. "Ele brilha e vai ainda mais longe", diz orgulhosa a mãe Genoveva Paulino Ferreira. O jovem que conheceu a dança há seis anos, deixou para trás mais de 600 concorrentes quando participou da audição na Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville (SC), no ano de 2015. 

Ele também deixou para trás a expectativa de cursar a faculdade de fisioterapia, pois entre um salto e outro se deu conta de que nasceu para ser bailarino. Avila é um dos talentos revelados pela Escola de Ballet de Ibiporã, fundada em 1990. A cada ano, a escola tem um média de 200 alunos que aprendem o balé clássico gratuitamente. 

A coordenadora da escola, Leila Assis, diz que ao longo desses anos oito alunos já foram aprovados na escola do Bolshoi em Santa Catarina, mas seis acabaram retornando. "Tem o fato de estar distante da família, mas também a questão financeira", reforça. 

Assis conta que a cada ano a demanda pelas aulas é maior que o número de vagas e por isso os interessados devem passar por uma seleção física. "Escolhemos as crianças aptas para o balé, que permanecerão com a gente durante oito a 10 anos, até concluir o curso", conta. 

O teste ocorre durante todo o mês de fevereiro. Para o agendamento, as crianças (a partir de 4 anos completos e que residem em Ibiporã) devem estar acompanhadas de um responsável. Os professores irão avaliar o biotipo e fazer uma entrevista. 
"O número de vagas depende do número de alunos que permanece na escola, mas geralmente é em torno de 80. Aqueles que não passam nessa seletiva, poderão ser encaminhados para outros cursos da Secretaria", completa. (M.O.) 

SERVIÇO: 
Mais informações sobre as aulas na Escola de Ballet de Ibiporã pelo fone: (43) 3178-0215.

Micaela Orikasa
Reportagem Local

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Fonte: Folha de Londrina
Por: Redação
Data: 14/01/2018 00h41min

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