:Jovem morre após ficar 4 horas sob o sol sem protetor

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Jovem morre após ficar 4 horas sob o sol sem protetor

Nara Farias procurou uma clínica de bronzeamento natural, onde ficou exposta ao sol e não ingeriu água. Ela teve três paradas cardíacas e morreu

Nara Farias Preto, de 20 anos, teve três paradas cardíacas quatro dias após ter passado horas exposta ao sol em uma sessão de bronzeamento sem água nem protetor solar. (Reprodução/Arquivo Pessoal/Facebook)

Nara Farias Preto, de 20 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira em Brasília após passar por sessão de bronzeamento natural em uma clínica que funcionava em uma casa na Asa Sul. De acordo com informações do G1, a jovem fez o procedimento na manhã do último sábado e teria ficado exposta ao sol três horas a mais que o recomendado. Na quarta-feira, ela foi levada ao hospital e, segundo familiares, teve três paradas cardíacas antes de morrer.

De acordo com uma prima da vítima, Mirian Farias, Nara fez o bronzeamento na cobertura da clínica, onde teria ficado deitada em uma maca de massagem por mais de quatro horas, sendo que a sessão deveria durar no máximo uma hora e vinte minutos (quarenta minutos de frente, e  os outros quarenta de costas).

Em intervalos entre 9h e 13h30, uma mulher aparecia para passar um produto que acelerava a pigmentação no corpo de Nara. “Não orientaram a passar filtro solar, e a mulher não a molhava com frequência. Isso causou uma desidratação muito violenta”, disse Mirian. Segundo ela, a prima não bebeu água durante o procedimento.

Em um perfil divulgado em rede social, a clínica anuncia “bronzeamento natural e produtos 100% autorizados pela Anvisa”. Mirian diz que a prima foi atraída pelo preço –  60 reais por sessão – e por imagens “bonitas e bem tratadas”.

A jovem chegou em casa depois da sessão com queimaduras de sol. No domingo, foi à farmácia para comprar algo que aliviasse o ardor, onde foi orientada a usar uma pomada. “Refrescava, mas não diminuía a dor. Mal conseguia andar, porque doía muito”, disse a prima, segundo o G1.

Na segunda de manhã, Nara foi ao Hospital das Forças Armadas (HFA), no Sudoeste. Diagnosticada com insolação, a jovem tomou soro na veia e remédios para aliviar as dores. Por volta das 16h, foi liberada e voltou para casa. Entretanto, no dia seguinte por volta das 18h30, ela começou a passar mal, teve falta de ar e desmaiou. O HFA informou que o quadro de Nara evoluiu “com piora rápida e progressiva”. Ela teve três paradas cardíacas. Na última, a equipe tentou reanimá-la por trinta minutos. A morte foi registrada às 2 horas desta quarta. A Polícia Civil está investigando o caso.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia adverte que mesmo os produtos regulamentados e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devem ser utilizados sob prescrição médica e observados o modo de uso. Atualmente, há 831 produtos de bronzeamento registrados no órgão.

Bronzeamento artificial

Desde 2009 os aparelhos de bronzeamento são proibidos no Brasil. “Estima-se que a exposição às máquinas de bronzeamento artificial aumente em 75% o risco de desenvolvimento de melanoma maligno, o mais agressivo dos cânceres de pele, além de favorecerem o desenvolvimento irreversível de manchas escuras, de rugas e ressecamento”, afirma o coordenador da Campanha de Câncer da Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Emerson Lima.

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Fonte: BlastingNews
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 16/09/2016 18h06min

Hospital do Câncer de Londrina


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