: "Deixavam o som alto para ninguém ouvir ", diz tio de menina morta por suspeita de espancamento em Santa Maria

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 "Deixavam o som alto para ninguém ouvir ", diz tio de menina morta por suspeita de espancamento em Santa Maria

Enterrado corpo de menina morta por suspeita de espancamento em Santa Maria

A mãe e o padrasto da criança, ambos de 20 anos, são os principais suspeitos pelo crime.

Velório da criança em Santa Maria (Foto: Reprodução/RBS TV)

Velório da criança em Santa Maria (Foto: Reprodução/RBS TV)

O corpo da menina de três anos, morta por suspeita de espancamento, foi enterrado na terça-feira (11) em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul. Na madrugada de terça, ela chegou a ser levada para receber atendimento médico, mas já chegou sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A mãe e o padrasto da criança, ambos de 20 anos, são os principais suspeitos pelo crime. Eles foram presos em flagrante por homicídio.

No velório da menina, amigos e familiares estavam inconformados. Dezenas de pessoas foram até a Igreja da Congregação Madureira no bairro Santa Marta, onde ela morava. A avó materna parecia não acreditar no que estava acontecendo.

"Como uma criança de dois anos vai se defender?", diz avó.

Conforme o delegado plantonista Márcio Giovane Schneider, por volta da meia noite a mãe da criança, o padrasto e um vizinho levaram a menina até o Pronto Atendimento (PA) do bairro Patronato. A criança apresentava uma série de ferimentos no rosto, tórax e nas costas. "Havia muitos ferimentos não cortantes. Eram lesões muito fortes", observa o delegado.

O corpo dela foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) e agora vai passar por uma perícia.

 Menina foi levada para Pronto Atendimento de Santa Maria, mas chegou sem vida (Foto: Michele Dias/RBS TV)

Primeira versão de padrasto era de acidente

Ainda segundo o delegado, no início da ocorrência o padrasto da criança relatou que a menina se acidentou ao cair em um buraco de uma obra na casa da família entre domingo (9) e segunda-feira (10). Entretanto, a menina só foi levada para o Pronto Atendimento na madrugada desta segunda-feira após ser encontrada passando mal.

A polícia se deslocou então até a residência once vivia a família, no bairro Nova Santa Marta, onde encontrou os vizinhos estavam em estado de revolta. Eles relataram aos policiais que a criança sofreu "muitas agressões", conforme o delegado.

"Disseram que as crianças eram maltratadas e que nessa noite ouviram choros e agressões e que provavelmente eles agrediram muito essa criança", acrescenta o delegado

Em seguida, foi dado voz de prisão ao padrasto e à mãe da criança, ambos de 20 anos, que foram levados para delegacia. No local, os dois permaneceram em silêncio.

Irmão de menina também tinha sinais de agressão

O irmão da menina, de 5 anos de idade, também vivia na casa, e apresentava sinais de agressão. Em seguida, ele foi levado para ficar sob os cuidados de um tio. "[Eles] Passavam brigando, as crianças andavam na rua pedindo para os vizinhos. Ele acho que judiava das crianças, dava-lhe pau e eles deixavam o som alto para ninguém ouvir", conta o tio que não foi identificado para preservar a identidade da criança.

Schneider já ouviu policiais que foram até a residência e vizinhos. Agora o caso vai ser encaminhado para a Delegacia de Homicídios. A polícia aguarda o laudo do DML e o depoimento de outras pessoas para confirmar a hipótese de homicídio.

O padrasto namorava a mulher há cerca de um mês. Já o pai biológico das duas crianças está preso. A mãe vai ser encaminhada para o Presídio Regional de Santa Maria e o padrasto para a Penitenciária Estadual de Santa Maria.



Mãe e padrasto de menina foram presos em Santa Maria (Foto: Michele Dias/RBS TV)

Contrapontos

 

A RBS TV procurou a advogada do padrasto que preferiu não se manifestar sobre o caso. A mãe da menina ainda não tem advogado.

Conforme o secretário de Desenvolvimento Social de Santa Maria, João Chaves, a menina não era acompanhada pelo Conselho Tutelar, pois não havia registro dela junto ao órgão.

Ainda de acordo com o secretário, o Conselho Tutelar fazia o acompanhamento apenas do irmão da menina. A escola a qual ele era matriculado solicitou o apoio do conselho, pois ele estava faltando às aulas. Segundo João Chaves, uma das conselheiras chegou a visitar o menino na casa da avó, que era com quem ele morava. A avó teria dito que não sabia do paradeiro da mãe da criança.

Por conta disso, a investigação era feita no sentido de apurar o motivo da criança faltar as aulas, e não por conta de agressões. Ainda conforme o secretário, o Conselho Tutelar chegou a notificar a mãe da criança para que ela comparecesse ao órgão para conversar a respeito da situação do menino, mas ela não apareceu.

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Fonte: RBS TV
Por: Redação
Data: 12/07/2017 13h51min

Hospital do Câncer de Londrina


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