:Tradutora do FBI se casa com terrorista que deveria investigar

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Tradutora do FBI se casa com terrorista que deveria investigar

Tradutora do FBI se casou com terrorista do Estado Islâmico que deveria investigar
Mulher de 38 anos foi condenada a dois anos de prisão quando voltou para os Estados Unidos

Uma tradutora do FBI foi para a Síria se casar com um recrutador do Estado Islâmico que ela deveria estar investigando, revelou a CNN nesta segunda-feira. Daniela Greene, de 38 anos, tinha acesso a informações secretas e avisou seu noivo, um ex-rapper alemão jihadista, que ele estava sob investigação. Ao retornar para os EUA, a mulher foi julgada e condenada a dois anos de prisão. Ela foi libertada em agosto do ano passado.

Em 2014, Greene, que trabalhava há três anos para o FBI, mentiu sobre uma viagem, dizendo que ia visitar seus pais na Alemanha e foi para a Síria. Pouco tempo depois de chegar ao país, ela se casou com Denis Cuspert, conhecido como Deso Dogg quando era rapper, e como Abu Talha al-Almani na Síria. O homem, que ela deveria estar investigando, aparentemente usava sua popularidade para recrutar voluntários para o grupo jihadista.

Cuspert elogiou Osama bin Laden em uma música, ameaçou Barack Obama com um gesto de corte de garganta e segurou uma cabeça de um homem decapitada em um vídeo de propaganda. Como parte de sua investigação sobre ele, Greene tinha acesso exclusivo a uma das duas contas de Skype utilizadas por Cuspert, de acordo com documentos vistos pela CNN.

Semanas após o casamento, a mulher voltou aos Estados Unidos e foi detida, tendo aceitado cooperar com as autoridades. Segundo a CNN, a história da tradutora, que nunca foi divulgada, expõe uma embaraçosa violação de segurança nacional no FBI. Em um comunicado, a agência afirmou à rede de TV americana que, na sequência do caso, foram dados vários passos em diversas áreas para identificar e reduzir pontos vulneráveis na segurança.



Daniela Greene foi condenada a dois anos de prisão - Reprodução Twitter

— É um embaraço impressionante para o FBI, sem dúvidas — disse John Kirby para a CNN, ex-funcionário do Departamento de Estado.— Para que ela pudesse entrar como americana, como mulher, como empregada do FBI, e para poder residir com um conhecido líder do EI, tudo tinha que ser coordenado.

Daniela Greene nasceu na antiga Tchecoslováquia e foi criada na Alemanha. Atualmente ela trabalha como recepcionista num hotel. A mulher se recusou a falar com a CNN, alegando que significaria pôr em risco à vida de sua família.

Como funciona o Estado Islâmico

Origem



Origem
O Estado Islâmico, que controla regiões da Síria e do Iraque e tem integrantes em outros países, foi criado em 2013 e cresceu como um braço da organização terrorista al-Qaeda no Iraque. Em 2014, após romperem laços, os extremistas autoproclamaram um califado cuja capital é Raqqa, na Síria.

Estado Islâmico Foto: AFP




Liderança
O grupo é chefiado por Abu Bakr al-Baghdadi, que governa o califado autoproclamado nos territórios ocupados na Síria e no Iraque. O EI tem vários departamentos que se ocupam de temas como educação, recrutamento e treinamento, e também dispõe de comandantes regionais.




Atentados
Não há prova de que os atentados de Paris de 2015 tenham sido organizados pelo líder máximo. É provável que Baghdadi defina uma estratégia geral que é executada por outros. Especialistas afirmam que os atentados representam esforço e êxito dos militantes diante do chefe do grupo extremista.

Recrutamento
O Estado Islâmico usa um equipamento avançado de propaganda para produzir vídeos, fotos e comunicados sobre suas atividades, incluindo execuções em massa, para atrair novos integrantes. Para os atentados em Paris, é provavel que tenham escolhido militantes estrangeiros com contatos na Europa para obter armas e a logística necessária. 


Financiamento
Na Síria e no Iraque, o EI se financia pelo contrabando de petróleo, cobrança de impostos, extorsão, sequestro e venda de antiguidades roubadas. Em operações no exterior, como em Paris, o grupo aporta alguns fundos de maneira direta e independente devido à atividade criminal.

 


Custo das ações
De acordo com especialistas, cometer atentados não é excessivamente caro, comparado a gastos com segurança para evitá-los. O valor depende de número de participantes no crime. Matthew Levitt, do Washington Institute, afirma que os atentados de Paris podem valer menos de US$ 50 mil. 

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Fonte: O Globo
Por: Redação
Data: 02/05/2017 16h37min

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