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Ginástica na terceira idade

Já pensou chegar aos 90 anos com um corpinho supimpa e uma saúde de ferro? Se ter uma vida longa já não é um sonho impossível, devido aos avanços da medicina e da melhora da qualidade de vida da população, por que não dizer que é possível chegar quase na quarta idade esbanjando vitalidade? Porém, esqueça as fórmulas mágicas e milagrosas e os métodos agressivos de efeitos duvidosos: a verdadeira fonte da juventude se chama malhação. Com atividades físicas regulares, combinadas a hábitos de vida saudáveis, é possível dar uma boa turbinada na saúde e ganhar fôlego para enfrentar bravamente a passagem do tempo.

Envelhecer não é fácil, até porque as mudanças não se resumem só a rugas e cabelos brancos. É dentro do organismo que vai acontecendo uma poderosa revolução, principalmente por causa da desaceleração do metabolismo. Os músculos e as articulações vão perdendo força, a quantidade de gordura no corpo vai aumentando e os ossos vão enfraquecendo – causando a osteoporose e perda de equilíbrio. Além disso, os reflexos de ação e reação vão ficando mais lentos, comprometendo a velocidade e a coordenação motora. Isso significa que, se não for bloqueada a tempo, essa fragilidade do organismo pode levar a uma série de doenças, como hipertensão, depressão, infartos, derrames, artrose, problemas vasculares e diabetes. Tem também a obesidade – muito comum por causa da queda do metabolismo -, que não pode ser tratada com remédios na terceira idade, por causa dos efeitos colaterais.

É, há uma lista enorme de problemas de saúde que aparecem na velhice, mas a campeã é a artrose. Com os músculos fracos, as articulações vão ficando danificadas, provocando muita dor e limitando os movimentos. Nesse caso, de acordo com a geriatra Maristela Soubihe, do Hospital Santa Paula, em São Paulo, a atividade física se torna obrigatória. “Se as articulações já estão prejudicadas, os exercícios vão ajudar a protegê-las, diminuindo os sintomas e a evolução do problema. Não vão reconstruir as partes já danificadas, mas pelo menos impedem que a doença se agrave”, explica ela. E a melhor atividade para combater não só a artrose, como também uma série de outras doenças articulares, é a musculação. Bem orientada, pode fazer com que os músculos fiquem bem mais firmes e as dores praticamente desapareçam. Claro que, para quem ainda não apresenta o problema, a recomendação é prevenir, adotando o levantamento de pesos antes mesmo que surjam as primeiras dores.

Pois é, por falar em musculação, é ela a atividade mais indicada para os idosos. O ato de levantar pesos, além de dar aquela recauchutada nas articulações e nos músculos, beneficia também os ossos, reduzindo as chances de aparecer a osteoporose e fazendo com que a postura fique mais firme, evitando quedas – e, por conseqüência, fraturas. Além disso, trabalha a capacidade cardiovascular, dando mais fôlego, e queima rapidamente as gordurinhas, reduzindo o peso. “No idoso, que já tem uma certa tendência à depressão, a atividade física aumenta a auto-estima e o torna bem mais independente”, observa a médica Evelin Goldenberg, reumatologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ou seja: com o corpo forte e em forma, o idoso não precisa mais de ajuda para se locomover ou carregar peso.

Existem várias outras atividades indicadas para a manutenção da saúde na terceira idade, mas todas devem ser de baixo impacto, para evitar lesões. As preferidas são o alongamento, a hidroginástica, a ioga e a boa e velha caminhada, que é a principal alternativa utilizada por quem não tem condições de pagar uma academia ou um fisioterapeuta. “A caminhada supera todos os exercícios, pois recondiciona a capacidade cardiovascular e desenvolve os músculos. Três vezes por semana, durante trinta minutos, já fazem grande diferença pela saúde”, indica a geriatra Maristela.

Suar a camisa na academia – ou mesmo num parque – vale a pena. Se já são imensos os benefícios para o corpo, imagina para a mente! Os exercícios são ótimos estimulantes da atividade cerebral: a memória, os reflexos e o aprendizado ficam bem mais rápidos. E, em algumas pessoas, até a qualidade do sono melhora.

Gente que faz

Praticante pra lá de entusiasmada de atividades físicas desde a infância, a dona de casa Lourdes Martins, de 65 anos, não deixou a peteca cair nem mesmo ao chegar à maturidade. E olha que ela tem um extenso currículo das mais diversas modalidades esportivas: natação, corrida, tênis, danças, vôlei e muita, muita ginástica. “Meus pais sempre me incentivaram a fazer alguma coisa, porque eu era uma menina muito agitada. E isso me fez um bem danado, porque, além do bem-estar e da boa forma física, raramente eu ficava doente. Hoje eu faço ioga e um pouco de musculação, não penso em parar nunca, porque estou forte como um touro”, afirma ela, que de vez em quando malha em companhia das filhas e da neta mais velha. “Tem vezes em que acordo com mais pique que elas”, brinca.

Acerte no alvo

Existem vários clubes, clínicas, academias e associações esportivas que oferecem atendimento especial para os idosos. Isso porque a atividade física a partir dos sessenta anos precisa ser monitorada de perto por profissionais qualificados. Afinal de contas, cada caso é um caso, e tem gente que precisa de cuidados especiais. Porém, antes de abandonar o sedentarismo, é necessário passar por uma rigorosa avaliação médica. “Os programas de exercícios, até mesmo a escolha da modalidade, precisam ser determinados pelo médico e personalizados de acordo com as necessidades do paciente. Isso acontece para evitar ataques do coração, por exemplo. No entanto, entre as alternativas apresentadas, o idoso deve optar por aquilo que proporcionar mais prazer”, diz a reumatologista Evelin.

Pois bem, se você tem alguém na sua família que esteja precisando de um estímulo para se exercitar, não deixe de dar estas dicas. E para quem ainda é jovem e tem muito tempo pela frente, fica o conselho: quanto mais se cuidar ao longo da vida, menores as chances de ser atacada pelos males da velhice. Melhor ainda se você não se render ao tabagismo, ao álcool e complementar a malhação com uma dieta equilibrada. “A gente colhe aquilo que plantou. Cuidando desde cedo da saúde, as conseqüências do avanço da idade são bem menores”, aconselha Maristela Soubihe. E então? Disposta a começar agora a preparar o corpo para os desafios do futuro?

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Fonte: Casa e Familia
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 01/10/2010 23h14min

Hospital do Câncer de Londrina


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