:A lesão de Salah acabou com a final da Liga dos Campeões para o Liverpool – eis o porquê

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A lesão de Salah acabou com a final da Liga dos Campeões para o Liverpool – eis o porquê

Marcelo consola Mohamed Salah. A saída precoce do egípcio, machucado, foi determinante para a história da final (Foto: Getty Images)

Mesmo numa final de Liga dos Campeões, na qual é lógico presumir que estão em campo muitos dos melhores jogadores do mundo, basta um craque só para mudar a história do jogo. Para a tristeza generalizada da parte do planeta que esteve ligada na decisão entre Real Madrid e Liverpool, no caso, este craque foi o egípcio Mohamed Salah – nem tanto pelo que ele fez em campo, mas pelo que deixou de fazer. O golpe de judô que levou aos 24 do primeiro tempo, do adversário espanhol Sergio Ramos, foi o momento-chave da partida. Foi ali o Real conseguiu vencer a competição mais importante do futebol europeu pela terceira vez consecutiva.

Se você posicionar todos os atletas dentro do 4-3-3 no qual joga o Liverpool, verá no ataque um tridente formado pelo senegalês Manéà esquerda, por Salah à direita e pelo brasileiro Firmino centralizado. O jogo não é estático, com o esquema faz parecer. Salah é dos três o atacante que joga mais para frente. Foi assim nos minutos do primeiro tempo em que ele esteve em campo. Especificamente neste confronto contra o Real, o egípcio tinha tudo para se divertir nas lacunas deixadas pelo rival Marcelo, lateral esquerdo brasileiro que vai muito bem enquanto ataca, mas não dispõe dos mesmos recursos quando defende. Era o jogo ideal para consagrar Salah.

Machucado, o egípcio deu lugar ao inglês Lallana. Não era mais a mesma coisa. O campo com os posicionamentos médios de todos os jogadores, produzido pelo Wyscout, mostra como o substituto se posicionou mais recuado do que o astro. Também fica clara a opção que fez o técnico do Liverpool, Jürgen Klopp, para remediar a perda de seu craque. Sané, originalmente ponta esquerdo, foi puxado para a direita para fazer a função que Salah faria: atacar o Real pelas costas de Marcelo. Lallana ficou na esquerda. De repente, o tridente tinha mudado bastante de perfil e de qualidade. Sané invertido de lado fez um gol. Lallana, recuado, foi um figurante.

O posicionamento do Liverpool na final da Liga dos Campeões (Foto: ÉPOCA)

Do outro lado, estava um Real Madrid que se virava em um papel que raramente faz. O técnico Zinedine Zidane gosta de por o seu time para jogar no ataque, não no contra-ataque. Tanto que o galês Gareth Bale, comprado por 100 milhões de euros em 2013, costuma ficar no banco de reservas enquanto o 4-3-1-2 madrilenho tem Isco como meia ofensivo, Cristiano Ronaldo e Benzema como atacantes. Muito bem. No começo desta final de Liga dos Campeões, o Real foi acuado por um Liverpool que marcava em cima, com seu tridente. Os espanhóis estão tão desacostumados a se defender desse jeito que a defesa aparentava frequente desorganização.

O jogo mudou totalmente de figura para o Real Madrid depois que Sergio Ramos, o zagueirão, feriu e tirou de campo Salah. A equipe madrilenha se postou à frente e passou a chegar com perigo na baliza inglesa mais vezes. Aos 15 minutos do segundo tempo, Zidane tomou a decisão que confirmaria a vitória e o título. Sacou Isco do meio-campo e colocou o galês Bale, agora sim útil ao esquema com sua velocidade e seu chute arisco. Ele foi de reserva a nome do jogo. Fez um golaço (aço, aço) de bicicleta e deu sorte em um chute de fora da área, que o goleiro adversário, o azarado alemão Karius, deixou entrar no gol ao espalmar com a mão mole.

O posicionamento do Real Madrid na final da Liga dos Campeões (Foto: ÉPOCA)

Algumas estatísticas ajudam a contar a história da final. Mesmo pressionada por um adversário que se propunha a jogar em cima, a equipe do Real Madrid manteve a bola por mais tempo – 41 minutos dos 90 de jogo, enquanto o Liverpool a teve por 29. O Real também foi muito mais preciso nos passes que fez, com 89,8% de acerto em todo o duelo, enquanto o Liverpool teve 77,4% de aproveitamento. Zidane colocou em campo um time que rodava mais a bola, trocava passes com mais precisão, que só perderia o jogo se levasse o gol em um dos ataques de Salah. Como Sergio Ramos o pôs para fora, esteve liquidada já no primeiro tempo a arma de Klopp.

Ao torcedor brasileiro que assistiu à partida de olho em Marcelo, lateral esquerdo titular da seleção brasileira de Tite na Copa de 2018, é curioso ver como sua deficiência na defesa é um fato. Adiantado, ele apoiou o ataque do Real com a qualidade de sempre. Mas deixou espaços em suas costas. A característica é tão acentuada que no segundo tempo, quando estava próximo de confirmar o título, Zidane colocou o ponta esquerdo Asensio para jogar na defesa. Atrás de Marcelo. Klopp explorava aquela brecha com Sané e por vezes até Firmino, então o técnico do Real precisava fechá-la com o atleta que dispunha. Funcionou. Real Madrid campeão. De novo.

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Fonte: Epoca
Por: Redação
Data: 27/05/2018 13h49min

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