:Bayern massacra e Simeone muda no jogão que pode redefinir rumos do futebol

Bayern massacra e Simeone muda no jogão que pode redefinir rumos do futebol - TV Na Rua CornelioDigital Bayern massacra e Simeone muda no jogão que pode redefinir rumos do futebol - TVNaRua Cornelio Digital - Notícias, Eventos e Entretenimento
Bayern massacra e Simeone muda no jogão que pode redefinir rumos do futebol

Foram 16 chutes a gol, 75% de posse de bola e um massacre que só não terminou em 3x0 por conta de Oblak, o goleiro que pegou tudo no 1º tempo de Bayern x Atléti. O “jogo de posição” de Guardiola mandou no jogo sendo mais direto, vertical, com alguns lançamentos quando a defesa adversária estava desorganizada e muitas bolas aéreas procurando Lewandowski.

O Bayern com Vidal e Douglas Costa é assim: mais direto, contundente. Nada de “tiki-taka”, termo que Guardiola odeia, muitospasses trocados até a bola chegar em Douglas e a mágica acontecer. Se fura as defesas de times de menor investimento na Alemanha e chegou à 3 semifinais de Champions, o sistema falha em se tornar campeão europeu e furar times mais intensos.

Aconteceu com Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid. Os 3 maiores times da Espanha jogaram de forma semelhante contra o Bayern: muita compactação, intensidade, 2 linhas de 4 praticamente coladas e eficiência e velocidade quando recupera a bola e aciona os contragolpes. Receita que muitos médios aplicaram contra o Bayern, que já não goleia ou domina totalmente os jogos como antes.


Simeone colocou Carrasco e o Bayern desmanchou por 30 minutos. Um detalhe importante: o técnico tirou o Atléti de trás e iniciou uma pressão na saída de bola bávara, cortando a qualidade do jogo já na fonte. A bola pouco chegou até o abafa final que resultou em gol e defesas de Oblak num jogo histórico.


Não, Guardiola não deu vexame. Também não fracassou. Continua genial não pelo que ganha, mas pelo que faz no jogo: reinventa, mostra o impossível, aplica e convence qualquer jogador de que sua ideia de futebol é a melhor. No City, terá um teste e tanto com times melhores que os médios espanhóis e alemães.

Mas Guardiola não faturou a Champions e foi contratado para isso. Por esse prisma, a passagem de Guardiola e o legado que vem com ela é a de que o sistema de jogo caracterizado pela posse, versatilidade e movimentação já não é mais hegemônico a ponto de dominar jogos com facilidade - basta ver quantas vezes os cruzamentos de Douglas Costa para Lewa resolveram jogos.

O futebol sempre foi norteado por formas de jogar que levam à vitórias. A Holanda de 1974 encantou e revolucionou, mas não é unanimidade nem na Holanda, com Van Gaal conquistando um 3ª lugar em 2014 com um estilo oposto. O Atlético se defende por 85 minutos, troca alguns passes e faz sempre 1 gol. É uma forma válida de vencer, goste ou não. 

Gosto é uma coisa pessoal, e o futebol de 2016 aponta para uma multiplicidade de filosofias cada vez mais complexas. Existe mesmo uma tendência? Uma hegemonia? Sistemas de jogo podem ser complexos até em sua simplicidade, como o Leicester. Ou o Atlético de Madrid. Na Allianz Arena, talvez testemunhamos a mudança dos rumos no futebol - e uma forma de jogar que provavelmente precisa se reinventar para continuar encantando.

Visualizações 2404
Fonte: Globo Esporte
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 04/05/2016 14h53min

Hospital do Câncer de Londrina


CONTATO
[email protected]
[email protected]
(43)99920-1893



TV Na Rua / CornelioDigtal / BandDigital- 2006 - 2023