:DISPARADA Reajuste de combustíveis supera 25% em 45 dias

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DISPARADA Reajuste de combustíveis supera 25% em 45 dias

Otávio Gomes: "Não tenho como parar de usar o carro"

A Petrobras anunciou na sexta-feira (18) o quinto reajuste diário sobre o valor do diesel e da gasolina nas refinarias, que passou de 25% para ambos os combustíveis somente nos últimos 45 dias. Somente os cinco aumentos desde a última segunda-feira (11) representam alta de 6,98% para a gasolina e 5,98% para o diesel, de acordo com o comunicado publicado no site da estatal. O avanço fez com que representantes de entidades dos setores de postos e de transporte aumentassem o tom contra a política de preços da empresa e os impostos, com ameaça de greve por parte dos caminhoneiros a partir da próxima segunda-feira (21). 

Desta vez, a alta foi de 0,79% para o diesel e de 1,33% para a gasolina comercializados nas refinarias. Segundo o Sindicombustíveis-PR (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná), houve reajuste de 57,78% e 57,34% sobre os dois derivados do petróleo, respectivamente, nos últimos dez meses, período em que vigora a nova política de flutuação de preços conforme a cotação internacional da commodity. 

Em nota, a diretoria do Sindicombustíveis-PR mostrou preocupação com a sequência de aumentos, por comprometer o capital de giro de empresários do setor e reduzir o consumo. "Preços tão altos prejudicam não só a revenda de combustíveis, mas também toda a economia e a sociedade brasileira em geral", cita, na nota. 

Pesquisa da entidade aponta uma margem média de lucro de 7,57% nos postos paranaenses, enquanto 28,89% é recolhido pelo governo estadual, por meio do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e 15,75% pelo federal, com a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e o PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). 

Helen Castro adotou um modelo flex: economia de quase R$ 500 no mês
Helen Castro adotou um modelo flex: economia de quase R$ 500 no mês



Se comparados os reajustes nas refinarias e os aplicados nas bombas, é possível perceber que distribuidoras e postos absorveram parte da alta. De acordo com a pesquisa semanal da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o aumento na média dos preços nacionais da gasolina foi de 21,08% desde julho do ano passado até esta semana. No diesel, a diferença foi de 20,33%. 

Proprietário do posto Cupimzão em Londrina, Diogo Decker afirma que não tem como repassar reajustes diários. "Antes, o reajuste era anunciado na TV, na imprensa, e todos ficavam sabendo. Agora é todos os dias e sempre me perguntam por que subiu tanto", diz. 

Para Decker, uma margem saudável de lucro é de 9% a 10%, mas diz que trabalhava ontem com 5% na gasolina, ou R$ 0,22. "E perdi 10% de movimento em abril na comparação com março e depois mais 6% neste mês. Nesse período, a gasolina aumentou R$ 0,24", conta. 



OLHO NO ETANOL 
Ao abastecer, o contador Otávio Gomes diz ter dificuldade em acompanhar os reajustes. "Da última vez, paguei R$ 4,09 por litro e hoje está R$ 4,19, mas não tenho como parar de usar o carro porque visito clientes o tempo todo." 

A empresária Hellen Castro adotou uma estratégia mais radical. Abriu mão do conforto, passou a deixar a SUV a gasolina na garagem e comprou um Fiesta flex. "Economizo pelo menos uns R$ 500 no mês, porque o outro carro fazia seis quilômetros com um litro e este anda muito mais e com etanol", diz. 

Decker, do posto Cupimzão, confirma que aumentou a venda da média de 2,5 mil litros de etanol ao mês para 4 mil. Porém, o biocombustível também deve ter reajustes nos próximos dias. Depois do início da safra de cana, o valor caiu, mas a seca nas lavouras e o maior consumo do etanol fizeram com que o preço subisse nas últimas duas semanas. "Em São Paulo, que é o maior produtor do País, já se espera 10% de quebra de safra e aqui ainda estamos contabilizando. Algumas usinas estão segurando a produção e isso elevou os preços", diz o presidente da Alcopar (Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná), Miguel Tranin. 

Caminhoneiros ameaçam paralisação em todo o País 

Caminhoneiros autônomos de todo o País afirmam que devem cruzar os braços nesta segunda-feira (21), para cobrar do governo uma redução sobre os tributos para baixar o preço do óleo diesel. O combustível representa cerca de 40% dos custos do transporte de cargas. O presidente do Sindicato dos Transportes Rodoviários Autônomos de Bens de Londrina e Região, Carlos Roberto Dellarosa, afirma que a mobilização da categoria é grande. "Estão todos indignados. Hoje não temos mais condições de trabalhar e a maioria já parou, mesmo." 

Com o preço atual do diesel, Dellarosa afirma que os motoristas praticamente fazem uma viagem de graça para o Mato Grosso, para ganhar um pouco no caminho de volta. "Mas o preço do frete lá também caiu e não dá para trabalhar de graça ou pagar para trabalhar", diz. 

O presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José da Fonseca Lopes, afirma que a paralisação tem data para começar, "mas não para acabar". "Se hoje (na sexta-feira) não tiver uma resposta (do governo sobre as reivindicações) até as 18 horas, a gente já vai começar a se preparar para parar a partir da segunda-feira." 

Questionado, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, afirma que o governo discute formas para uma redução de impostos. (Com Folhapress)

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Fonte: Bonde
Por: Redação
Data: 19/05/2018 01h26min

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