:Cadela protege garoto de 3 anos que fugiu de casa

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Cadela protege garoto de 3 anos que fugiu de casa

Uma cachorra virou heroína em Ibirite , na Região Metropolitana de Belo Horizonte MG, depois de acompanhar e indicar o caminho de volta para casa de um menino de três anos que havia sumido . A vira - lata Pitucha de cinco anos e reencontrou o garoto Miguel depois de quatro horas que ele havia desaparecido .

Mesmo com fama de chata – pecha que ganhou por seguir os donos até mesmo dentro de supermercados e casas de vizinhos – a cachorrinha Pitucha acabou se tornando a mais nova heroína do bairro Canoas, em Ibirité, na região metropolitana. O animalzinho foi o protetor do pequeno Miguel Marques, 3, que fugiu de casa e desapareceu por mais de três horas, na tarde a última terça-feira. Além de acompanhar todo trajeto do menino, Pitucha ainda guiou o mecânico José Fagundes, 54, que encontrou a criança, de volta para casa.

Tudo começou com o descuido da irmã mais velha do garoto, de 16 anos, que tomava conta dele e, por distração, deixou a portão do imóvel aberto. Miguel então saiu andando pelas ruas do bairro. Somente a cadela vira-lata da família viu a cena, e começou a acompanhá-lo. Foram mais de 2 km de andança até um bairro vizinho, o Água Azul, onde o garoto resolveu entrar em um veículo que estava aberto. Ele foi encontrado pelo proprietário do carro, o mecânico José Fagundes."Estava consertando um carro ao lado e deixei o meu aberto. Meia hora depois, estava com fome e resolvi ir comer quando alguém me perguntou se eu ia deixar aquele menino no carro. Eu virei e levei um susto ao ver aquela criança desconhecida ali”, contou Fagundes.
 
Do lado de fora do veículo, acompanhando tudo apreensiva e inquieta, estava Pitucha. "Como ninguém conhecia esse menino, e ele não sabe falar direito, eu olhei para aquela cadelinha e pensei: ‘o dono dela só pode ser essa criança. Eu vou tocar ela e seguí-la de carro. Quem sabe’. E deu certo. Ela foi correndo na frente do carro, guiando o trajeto. Foi um sobe e desce de morro, atravessando bairros, até que a cadela sentou em frente a casa desse menino”, disse. Nesse momento, parentes do menino já haviam percebido sua ausência e procuravam o garoto.
 
A mãe de Miguel, a auxiliar de serviços gerais Sueli Marques Gondim, 46, respirou aliviada quando ele reapareceu junto com o mecânico. "Eu sai da minha casa às 4h.30 e fui para o meu trabalho lá em Belo Horizonte. Era por volta das 14h, quando terminava meu horário de almoço, que minha filha me ligou e falou: ‘mãe o Miguel sumiu’. Foi um desespero só. Saí correndo do serviço, peguei o primeiro ônibus que pude. E cheguei quase no mesmo horário que meu filho reapareceu. Quase tive um enfarto. Ainda bem que ele caiu nas mãos de uma pessoa boa”.Heroína. Passado o susto, o tratamento dado para a cadela Pitucha mudou completamente, e logo ela ficou famosa entre os vizinhos.
 
"Antes muita gente xingava ela, porque ela sempre foi de acompanhar muito as crianças. Aonde a gente vai, ela vai atrás. Em supermercado, casa de amigos. Então isso incomodava as pessoas. Só que agora, depois disso tudo, é só carinho de todo mundo”, contou Sueli. Pitucha, inclusive, ganhou uma sessão com banho e outros tratamentos em um pet shop após o ocorrido.
 
No entanto, a maior recompensa que ela terá será um carinho ainda maior dos seus donos. "Estamos com ela há 5 anos. Somos gente muito humilde, sem esquemas de segurança grandiosos, mas agora sabemos que ela está ali. O amor que temos com a Pitucha é aquele dos mais puros e sabemos que podemos contar com ela”, afirmou, emocionada, a mãe do garoto Miguel.OcorrênciaRegistro. A Polícia Militar chegou a ser chamada em função do desaparecimento mas, como não houve crime, não fez um boletim de ocorrência. Os militares somente registraram a história.
 
 
Mãe cria seis filhos sozinha com R$ 800
 
Mãe de seis filhos com idades entre 3 e 16 anos, a auxiliar de serviços gerais Sueli Marques Gondim, 46, não tem uma vida fácil. Separada há quase quatro anos do então marido, ela cuida sozinha de todos filhos. Mesmo assim, ela precisa se ausentar a maior parte do dia para trabalhar em Belo horizonte."A minha vontade era passar o dia por conta deles, mas não tem jeito. Trabalho quase o dia inteiro para ganhar R$ 800 e levar o que comer para casa.
 
A responsabilidade disso é minha e faço com a maior paixão. A minha vida são meus filhos. Faço tudo e vivo por eles”, contou a mulher, que vive em uma casa pequena e humilde no bairro Canoas, em Ibirité, na região metropolitana.
 
Foi o filho caçula, Miguel, que desapareceu no início desta semana. Enquanto a mãe trabalha, ele costuma ser cuidado pela irmã mais velha, uma adolescente de 16 anos."Queria ter colocado ele em uma escolinha neste ano já, mas todas eram muito caras. Ele é um menino muito especial. Não fala ainda direito, mas é muito esperto e tem o coração maior que ele. Se Deus quiser, no ano que vem, arranjo pelo menos uma creche. Estou rezando por isso”, afirmou a mãe.

 

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Fonte: Direitosdosanimais.org
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 13/12/2014 17h49min

Hospital do Câncer de Londrina


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