:Associação Protetora dos Animais pede socorro em Cornélio Procópio

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Associação Protetora dos Animais pede socorro em Cornélio Procópio

O telefone de Marilsa Pellaquin (mais conhecida como a proprietária da loja Marisa Modas) toca o dia todo, às vezes até de madrugada. "Qualquer cachorro atropelado na cidade eles me ligam. Isso quando não jogam animais de rua na porta da minha loja. Recebemos denúncias de maus tratos, nosso telefone não para o dia todo. É bastante árduo, pois somos poucos e a demanda enorme, mas sabemos que é para o bem, por isso fazemos de coração", diz Marisa, uma das responsáveis pela Associação de Proteção e Bem-Estar Animal – Angelo Picone. A associação, que atende mais de 100 animais de rua em Cornélio Procópio, precisa de doações urgentes de ração, dinheiro e auxílio de voluntários.

A associação, que existe há 10 anos, recebe uma verba federal anual de R$ 33 mil. Com esse dinheiro eles castram animais em condição de rua ou de famílias carentes, compram rações para alimentá-los e fornecem eventuais cuidados veterinários. Os seis integrantes diretos da Associação trabalham de forma voluntária. "Mas esse valor não é suficiente, por isso sempre pedimos ajuda. Este ano focamos o trabalho nos bairros carentes. Passamos em diversas casas e promovemos a castração, em clínicas conveniadas. É um trabalho importante, pois sabemos que muitas dessas famílias têm animal doméstico, mas não possuem recursos para castrá-los e vaciná-los. Como eles procriam rapidamente, isso acaba aumentado a população de rua e espalhando doenças", explica Marisa. 

A associação também recebe denúncias de maus tratos. "O caso mais grave este ano foi de violência sexual contra uma cadela. Encontramos mordaça e focinheira na casa do homem. Ele a amarrava e cometia o abuso. Foi constatado por laudo. Felizmente conseguimos resgatá-la e ela foi adotada. Também vemos frequentemente situações de violência e abandono, quando o dono viaja e os animais ficam sem água ou alimento, ou os deixam presos em correntes curtas o dia todo", conta a responsável por receber as denúncias, Suellen Cantieri. Ela explica que todas as situações são averiguadas e registradas na delegacia. "As pessoas podem chamar a Polícia Militar diretamente também. A associação não tem poder de punir, nós apenas damos os encaminhamentos corretos, com provas, para que as autoridades tomem as medidas necessárias". 

A entidade também não possui um local próprio para recolher os animais. Alguns são encaminhados para a casa de voluntários onde permanecem até que alguém os adote. "Mas nem todos conseguem um lar provisório. A solução foi mantê-los na rua, porém castrados e vacinados. Colocamos algumas casinhas em praças da cidade para abrigá-los e alimentá-los. Os comerciantes também ajudam dando ração", conta Marisa. 

As adoções ocorrem nas feirinhas, realizadas um sábado por mês no coreto do Calçadão da cidade, e também por divulgação em redes sociais. "Os animais adultos expostos na feirinha são castrados e vacinados. Quando alguém adota um filhote, ganha uma castração, para realizar a operação quando o animal atingir a idade ideal. Damos toda a orientação", frisa Marisa. 

No último sábado, o vigilante Rosivaldo de Oliveira, e a esposa, passavam pelo Calçadão, quando se apaixonaram por um dos filhotes da feirinha. "Sempre gostei muito de cachorro. Quando me aproximei da gaiolinha me encantei com ele, e vi que ele ficou feliz, não consegui mais deixá-lo", conta. Oliveira ressalta que as pessoas deveriam dar mais atenção a esses animais, ao invés de valorizar apenas os de raça. "Eles são lindos e, como são carentes, às vezes são mais amáveis e fiéis. Vêm de graça e trazem alegria para casa como qualquer bichinho". 

COMO AJUDAR A ASSOCIAÇÃO 

Existem várias formas de ajudar a Associação de Proteção aos Animais de Cornélio Procópio. Uma delas é doando ração ou mesmo dinheiro. Para isso basta entrar em contato pelo celular/whatsapp (43) 99977-5574. A Associação busca a ração na casa dos doadores, mas também é possível levar na loja Marisa Modas (Avenida XV de Novembro, 189). 

Outra forma é doando a nota fiscal. Ao realizar uma compra, não insira o CPF e deposite a nota nas urnas da associação espalhadas no comércio da cidade. Também é possível fotografar a nota fiscal sem o CPF e enviar para o whatsapp (43) 99917-4054. Por fim, o doador também pode abrir um cadastro no site Nota Paraná e doar suas notas para a associação, indicando o CNPJ 10.805.573/0001-46. 

A ajuda de voluntários também é bem-vinda, seja para ajudar nas feirinhas de adoção, auxiliando na venda de produtos para arrecadar verba, ou que atuem como lares provisórios. Mais informações no Facebook da instituição www.facebook.com/associacaoangelopicone.

Rubia Pimenta
Especial para FOLHA

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Fonte: Folha de Londrina
Por: Redação
Data: 21/12/2017 13h16min

Hospital do Câncer de Londrina


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