:Cornélio Procópio está entre as cidades que podem perder verba da saúde por falta de Prontuário Eletrônico

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Cornélio Procópio está entre as cidades que podem perder verba da saúde por falta de Prontuário Eletrônico

Cornélio Procópio encontra-se na lista de cidades que tem menos de 60 dias para implementar o prontuário eletrônico nas unidades básicas de saúde, segundo o Ministério da Saúde, sob pena de perder verba do Piso de Atenção Básica (PAB Variável). Repassado mensalmente e regularmente aos municípios, esse recurso (R$ 10 bilhões anuais) é aplicado no custeio dos atendimentos de pediatria e está vinculado aos programas Saúde da Família e Brasil Sorridente. Das 399 cidades do estado, apenas 222 (em torno de 55%) já utilizam o programa com regularidade.

As prefeituras que ainda não adotaram o sistema eletrônico terão até o dia 10 de dezembro para se adequar à Portaria 2.488, de 2011, que condiciona o repasse do PAB Variável à implantação dessa ferramenta. De acordo com o ministério, os municípios que encontrarem dificuldades com a plataforma devem reportar suas demandas à pasta, que avaliará cada caso para encontrar medidas que facilitem a transmissão dos dados.

Os 222 municípios nos quais já estão instalados os prontuários contam com 1.848 unidades de saúde, sendo que 1.311 delas já utilizam o prontuário eletrônico: 72 adotam o sistema oferecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde e 1.239 utilizam programa próprio.

Entre as seis maiores cidades do Paraná, Curitiba, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e São José dos Pinhais já cumprem a programação de dados.

Mas em Londrina, segundo maior município do estado, ainda não houve adequação às novas normas. O secretário de Saúde do município, Gilberto Berguio Martin, afirmou que o prazo provavelmente não será cumprido, uma vez que a principal carência da cidade são 700 computadores para distribuir para as 54 unidades de saúde. O custo dos equipamentos (R$ 2,8 milhões) e a urgência até dezembro impedem a cidade de cumprir a determinação.

“Vamos negociar com o ministério. É importante que eles delimitem um prazo para as cidades. Mas, a meu ver, dessa forma, a medida foi um pouco precipitada diante da realidade concreta de algumas cidades. Não temos tempo hábil para todo o processo de compra dos equipamentos”, explica o secretário.

Em Londrina, os prontuários ainda são feitos no papel. Em todo o Brasil, esse número sobe para 76% dos municípios. Para Martin, no entanto, os processos não são prejudicados.

“Nós conseguimos abastecer todo o banco de dados do Ministério da Saúde, vinculado ao e-SUS. Nós coletamos as informações nas unidades, fazemos relatórios físicos, digitalizamos e enviamos ao ministério. Esse conteúdo já embasa o ente federal”, afirma. “No entanto, em relação ao prontuário eletrônico, temos essa incapacidade de hardware. Temos toda a estrutura de fibra óptica implantada e temos arcabouço de software. O que não temos, e não temos como resolver em 60 dias, são máquinas para todas as unidades de imediato”.

Os três principais candidatos a prefeitura de Londrina neste ano prometeram em seus planos de governo agilizar esse prontuário eletrônico. Marcelo Belinati (PP), eleito no primeiro turno, afirma em seu plano: “hoje as fichas dos pacientes nos postos de saúde são de papel e suas informações não estão integradas e, portanto, desconectadas com as demais unidades”.

A Secretaria de Estado Saúde do Paraná (Sesa) informou que essa demanda é resolvida diretamente entre os municípios e o Ministério da Saúde.

Maior fiscalização

Os objetivos do Ministério da Saúde com a implantação dos prontuários eletrônicos são controlar as ações e promover a correta aplicação dos recursos. A medida ajudará também a reduzir custos, evitando, por exemplo, a duplicidade de exames ou retiradas de medicamentos.

Das 41.688 unidades de saúde em funcionamento em 5.506 municípios do Brasil, 10.134 utilizam o prontuário eletrônico, sendo que 2.902 ganharam versões oferecidas gratuitamente pelo ministério e 7.232 utilizam softwares privados. Os sistemas já estão disponíveis para 107 milhões de pessoas no país, de acordo com o Ministério da Saúde.

Com essa plataforma digital, todos os serviços de saúde das cidades poderão acompanhar o histórico, os dados e resultado de exames dos pacientes, verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos ou mesmo registrar as visitas de agentes de saúde. A transmissão digital dos dados da rede municipal à base nacional permite ainda que o Ministério da Saúde verifique como está sendo investido o dinheiro do SUS.

A plataforma é gratuita, mas o envio dos dados também pode ser feito pelos municípios por sistema próprio. Após o período para implantação dos prontuários, o pagamento do PAB Variável às prefeituras ficará condicionado às coberturas digitais.

O Ministério da Saúde informou ainda que os pacientes terão acesso às informações relacionadas ao próprio histórico de saúde, como pedidos de exame, agendamento, encaminhamento para especialistas e fornecimento de remédios. Caso o paciente verifique em seu histórico algum serviço que não recebeu, ele poderá comunicar o órgão por meio do Disque Saúde (telefone 136).


Confira a lista com os 177 municípios que podem perder verba:

Abatiá Ibema Pérola d`Oeste
Adrianópolis Iguaraçu Piên
Almirante Tamandaré Imbaú Pinhal de São Bento
Alto Paraná Inácio Martins Pinhalão
Amaporã Ipiranga Piraí do Sul
Anahy Iracema do Oeste Pitangueiras
Andirá Irati Planaltina do Paraná
Ângulo Itaguajé Porecatu
Antonina Itambaracá Porto Amazonas
Apucarana Itambé Porto Barreiro
Ariranha do Ivaí Itaperuçu Porto Rico
Assaí Ivaiporã Porto Vitória
Balsa Nova Jaboti Prudentópolis
Barra do Jacaré Japira Quatiguá
Bela Vista do Paraíso Japurá Quinta do Sol
Boa Ventura de São Roque Jardim Alegre Quitandinha
Bocaiúva do Sul Jardim Olinda Rancho Alegre
Bom Sucesso Jataizinho Realeza
Borrazópolis Jundiaí do Sul Rebouças
Braganey Jussara Reserva
Brasilândia do Sul Kaloré Reserva do Iguaçu
Califórnia Lapa Rio Azul
Cambará Laranjal Rio Branco do Sul
Campina da Lagoa Leópolis Rosário do Ivaí
Campo do Tenente Lindoeste Sabáudia
Campo Largo Loanda Salgado Filho
Cândido de Abreu Lobato Salto do Itararé
Cantagalo Londrina Santa Cecília do Pavão
Carambeí Mallet Santa Maria do Oeste
Carlópolis Manfrinópolis Santa Mônica
Catanduvas Manoel Ribas Santana do Itararé
Centenário do Sul Marialva Santo Antônio do Caiuá
Cerro Azul Marilândia do Sul Santo Antônio do Paraíso
Cidade Gaúcha Marilena São Jerônimo da Serra
Colorado Marumbi São João do Caiuá
Conselheiro Mairinck Mato Rico São João do Ivaí
Contenda Mauá da Serra São José da Boa Vista
Cornélio Procópio Mirador São José das Palmeiras
Corumbataí do Sul Miraselva São Manoel do Paraná
Cruzeiro do Sul Nossa Senhora das Graças São Pedro do Iguaçu
Curiúva Nova Aliança do Ivaí São Pedro do Paraná
Diamante do Norte Nova América da Colina São Tomé
Douradina Nova Cantu Sapopema
Doutor Camargo Nova Fátima Sarandi
Doutor Ulysses Nova Olímpia Sengés
Espigão Alto do Iguaçu Nova Santa Bárbara Sertaneja
Faxinal Nova Santa Rosa Sertanópolis
Figueira Novo Itacolomi Siqueira Campos
Floraí Ortigueira Tapejara
Florestópolis Ourizona Teixeira Soares
Flórida Paiçandu Terra Rica
Formosa do Oeste Palmas Tomazina
Foz do Jordão Palmital Tunas do Paraná
General Carneiro Paraíso do Norte Tuneiras do Oeste
Godoy Moreira Paranapoema Tupãssi
Grandes Rios Pato Bragado Uniflor
Guamiranga Paulo Frontin Uraí
Guaporema Peabiru Ventania
Guaraqueçaba Perobal Vera Cruz do Oeste

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Fonte: Gazeta do Povo
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 14/10/2016 12h30min

Hospital do Câncer de Londrina


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