:Manter um funcionário incompetente pode contaminar toda a equipe

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Manter um funcionário incompetente pode contaminar toda a equipe

Nada incomum é ter um colega de trabalho que, aparentemente, não faz o

trabalho que deveria. Nas conversas de corredor, os colegas comentam: “não sei como fulano ainda não foi demitido". Ter "costas quentes", ou seja, amizades de elevados níveis hierárquicos normalmente é o que se assume sobre essa situação, muitas vezes incômoda para quem depende dessa pessoa para fazer o próprio trabalho. 

Mas, a perpetuação dos incompetentes no mercado, -- ou daqueles que aparentemente o são -- tem uma rede mais complexa que a sustenta. "As pessoas são contratadas e são mantidas na medida em que representam a solução para o problema de alguém da empresa. Ele é incompetente para aquele problema visível, mas pode ser competente para resolver outros problemas que a gente não sabe. Tem contato com acionista majoritário, com o governo", reflete Gilberto Guimarães, professor da BSP – Business School São Paulo.

O professor também lembra que competência não é uma característica perene. "Eu estou competente para isso hoje, mas amanhã posso não estar mais, porque não sei guiar carro mecânico, só o automático. Se a empresa mudou toda a frota para carros automáticos, fiquei incompetente."

Guimarães elenca outros motivos que ajudam a alimentar esse sistema. Um chefe inseguro prefere manter pessoas incompetentes a ter subordinados que possam substituí-lo. Outros chefes acreditam que, por aquele valor que estão dispostos a pagar, não há como conseguir alguém mais competente.

Outro fator pode ser a legislação brasileira, que cobra da empresa encargos altos para mandar um funcionário embora. Ou, se ele for demitido, a vaga ficará congelada ou será extinta e não será possível substituí-lo.

"Os chefes não querem demitir ao menos que a empresa concorde em recontratar. Não veem como isso é um horror em termos de produtividade. A partir do momento em que o incompetente permanece, não há mérito em ser competente e você desmotiva um competente", acredita.

Guimarães ilustra o problema com o exemplo oposto colocado em prática por Jack Welch, escolhido pela revista Fortune o melhor executivo do século 20, CEO da General Eletric por 20 anos. "Toda vez que fechava um período, ele demitia quem não atingia o objetivo esperado. Demitia 10% da base da pirâmide e trazia gente nova. Assim, os que ficavam se sentiam escolhidos. Era um incentivo, pois o funcionário sabia que os piores seriam desligados", conta.

Mas o que fazer quando não é o mérito que define quem permanece na equipe e o trabalho de um está sendo prejudicado pela falta do outro? Gilberto acredita que o melhor a fazer é procurar o gestor e ter uma conversa franca sobre a questão. Explicar que, para desempenhar as funções, faltam os recursos que dependem do outro.

“Uma pessoa dentro da equipe é um recurso. Se você não tem aquele recurso, você tem que ser claro. Ser objetivo não é ser grosseiro. Se esse é o caso, diga isso para a pessoa e para quem cobra o resultado. Mas de maneira aberta”, aconselha.

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Fonte: Emprego Certo
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 08/10/2015 11h09min

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