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Reflexão da Semana

As leituras que serão proclamadas nas missas e cultos do próximo domingo estão repletas de simbolismo. Falam de mar, barca, tempestade e noite.

Para os povos antigos em geral e também para o povo da Bíblia, o mar era algo de grandioso e amedrontador. Por isso, em várias passagens da Bíblia o mar é símbolo do castigo por causa dos pecados das pessoas ou das cidades (Jn 1,1-16; Ez 26,17-21). O mar é também, segundo o autor do Apocalípse, símbolo do mal e representa as forças adversas da vida. Por isso, na nova terra que sucederá a terra em que atualmente vivemos, não haverá mar (Apc 21,1).

A noite é, na maioria das culturas e religiões, uma realidade ambivalente. Ela simboliza o tempo das gestações, das germinações, das conspirações. Entrar na noite significa voltar à indeterminação, à confusão, onde se misturam pesadelos e monstros. Na noite vagueiam as feras(Sl 104,20), a peste(Sl 91,6), as pessoas que odeiam a luz, ladrões, assassinos, adúlteros (Jó 24,13-17). Mas a noite é também o espaço onde se prepara o novo dia que espargirá a luz da vida.

No meio da noite, o Senhor passou nas casas dos egípcios, matou seus primogênitos e libertou o povo de Israel da escravidão, permitindo-lhe a fuga com uma nuvem que de um lado iluminava e do outro era tão escura quanto o breu (Ex 11,4; 12,12.29). O livro da Sabedoria comenta este fato com as seguintes palavras: “Quando os iníquos se persuadiram de poder dominar a nação santa perceberam que jaziam cativo das trevas, agrilhoados a uma longa noite. (...). Nem as límpidas chamas dos astros puderam iluminar aquela noite horrenda. (...). Enquanto o orbe terrestre inteiro era iluminado por uma luz fúlgida e para os libertos a luz era fulgurante, para os egípcios pesava uma noite profunda, imagem das trevas que haviam de recebê-los: eles próprios, aliás, eram mais pesados para si mesmos que as próprias trevas” (Sb 17,2.5.19).

A tempestade para o homem bíblico pode significar a majestade terrificante e a cólera de Deus cujo trono se encontra em meio ao cataclismo. Das nuvens Deus troveja contra seus inimigos, lançando-lhes flechas de fogo (Sl 18,14-15; 29,3-10; 144,6; Is 30,30). Mas a tempestade também pode significar a grandeza do criador, a transcendência e a glória de Deus, como muito bem expressa o salmo 29.

Daí ao Senhor, filhos de Deus, daí ao Senhor glória e poder. Daí ao Senhor a glória de seu nome, adorai ao Senhor na sua santa aparição, pois o Senhor tem o seu trono na tempestade.

A barca é, na tradição cristã, símbolo da Igreja e do cristão. Hipólito de Roma, comentando o texto do evangelho que vai ser lido no próximo domingo faz o seguinte comentário: “O mar é o mundo. Nele a Igreja, como uma barca nas ondas do mar é sacudida pelas vagas, mas não chega a naufragar porque tem consigo Cristo, o seu perspicaz timoneiro”. Santo Agostinho por sua vez, comparando o cristão com a barca assim se expressa: “Recordai-vos do episódio do Evangelho em que Cristo dormia na barca. Os discípulos, vendo-se expostos ao perigo de um iminente naufrágio, aproximam-se e o acordam. Cristo levantou-se, ordenou aos ventos e às ondas.

Imediatamente se fez grande calmaria. Faze tu também assim. Os ventos entram em teu coração, como se tu navegasses nesta vida em um mar proceloso e cheio de obstáculos perigosos.(...). Neste ponto, acorda o Cristo que dorme em ti.(...) Então se fará grande calma”.

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Fonte: Bispo
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 22/06/2015 12h27min

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